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Lendo e ouvindo...


Bem Vindo


sábado, 30 de outubro de 2010

Que jamais!


Que jamais, em qualquer tempo, teu coração abrace o ódio.
Que a maturidade jamais asfixie a sua criança interior.
Que teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as pedras em teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira nos teus momentos mais íntimos.
Que teus momentos de amor contenham, em cada beijo, a magia de tua alma eterna.
Que teus olhos sejam dois sóis mirando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma possa dançar com a luz.
Que em cada passo teu, em cada coração, surjam luminosas marcas digitais.
Que em cada amigo, teu coração faça festa e celebre o encanto da amizade profunda que liga almas coincidentes.
Que uma suave brisa te acompanhe, na terra ou no espaço, e por donde queira que a força invisivel do amor conduza tua existência.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que percebas a ternura invisivel tocando o centro de teu ser eterno.
Que teu coração sinta a PRESENÇA secreta do inexplicável !
Que teus pensamentos, teus amores, teu viver, e tua passagem pela vida sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica, só se sente. Que esse amor seja teu rumo secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que esse amor transforme teus dramas em luz, tua tristeza em celebração, e teus passos cansados, em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, te esqueças da PRESENÇA que está em ti e em todos os seres.
Que teu viver seja pleno de PAZ e LUZ.
Fonte:Imagens : Internet
Original : M.E.M.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

São Judas Tadeu, meu santo de devoção!


Não sou católica fervorosa. Talvez, até seja, mas assim não me considero.
Não frequento a Igreja Católica com a regularidade necessária, nem me curvo a todos os atos por ela determinados.
Mas, crença é crença e desde bem menina, creio em São Judas Tadeu, como aquele a me amparar nos momentos difíceis e cruciais de minha vida.
Foi Ele quem me confortou, quando em desespero, pedi pela saúde de minha mãe, era Ele que me esclarecia as idéias nas provas de matemática, era Ele que me acalmava diante do que eu não podia compreender.
Acho que me chamou a atenção o fato de Ele ser chamado o Santo das causas impossíveis.
Nunca me julguei necessitada de pedir a Deus ou aos Santos qualquer coisa. Sempre me julguei privilegiada. Sempre abominei as "carolas" que entre uma Ave-Maria e outra acrescentavam pedidos e mais pedidos em suas orações.
Sempre julguei que devíamos incomodar Deus e os Santos sòmente diante de problemas de impossível solução. Acho que minha atração pela sua oração veio daí.
Hoje, em seu dia, eu transcrevo aqui sua poderosa oração:
"São Judas Tadeu, glorioso apóstolo, fiel servo e amigo de Jesus, o nome do traidor é causa de serdes esquecido por muitos, mas a Santa Igreja honra-vos e invoca-vos universalmente como padroeiro de casos desesperados, sem remédio. Intercedei por mim que sou tão miserável pondo em prática, eu vo-lo rogo, o privilégio particular que vos é concedido a fim de trazer ajuda pronta e visível onde isso é quase impossível. Vinde valer-me nessa grande necessidade para que eu possa receber as consolações e socorros do Céu em todas as minhas aflições, necessidades e sofrimentos, particularmente (aqui dizer a graça que deseja obter...) e que possa bendizer a Deus convosco e todos os eleitos por toda a eternidade.
Eu vos prometo, bem aventurado São Judas Tadeu, ter sempre presente esta grande graça e não cessar de honra-vos, como meu especial e poderoso Padroeiro e farei quanto possa para espalhar a devoção para convosco. Amem.
São Judas Tadeu, rogai por nós e por todos os que vos honram e vos invocam.
Rezar um Pai-Nosso, uma Ave-maria e um Glória ao Pai "
(Adir Vieira - 28/10/10)
Fonte da imagem:viveramarsonhar.loveblog.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cadê o verão, no horário de verão?


Parece que não avisaram ao verão, que estamos no horário de verão.
Há dias, o clima no Rio de Janeiro está mais para outono/inverno.
Isso prova a insatisfação da natureza em relação a essas práticas em nome do progresso econômico.
Como impregnar a rotina do galo que canta às cinco da manhã dessas novidades?
Como avisar aos pássaros que já é hora de se recolher, se o céu ainda está claro?
O próprio clima bate o pé e se recusa a cumprir o que os homens determinam.
Devo dizer que não sou contra a qualquer mudança que fale em nome de qualquer progresso, mas como, não apreciar a natureza e suas formas de se mostrar dentro dos compassos estabelecidos pelo nosso Deus?
Como não se deliciar com o sol na vidraça nos despertando exatamente no horário certo, em consonância com o nosso organismo?
Será que não existem outras formas de economia e lucro? Será que os homens não aprenderão nunca a tirar proveito de seus próprios negócios, de maneira mais inteligente?
Creio que ainda não e assim, a natureza, como eu, vai se rebelando contra essa loucura de virar o mundo de ponta cabeça e o nosso verão não aparece...
(Adir Vieira - 27/10/2010)
Fonte da imagem:padecendonoparaiso.wordpress.com

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A boneca (Olavo Bilac)


Deixando a bola e a peteca,
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: "É minha!"
- "É minha!" a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fim de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca ...
Fonte da imagem:vitubio.blogspot.com

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aviso na porta de um consultório médico


O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ... Preste atenção no que
você esta plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!
Fonte da imagem: blog.borbolets.com

domingo, 24 de outubro de 2010

O horário de verão castiga !


Sinto que o horário de verão ainda não se assentou, em mim.
Mesmo já tendo iniciado há mais de uma semana, vivo ainda no vácuo, sem saber ou mesmo perceber se o domingo é domingo ou não.
Não sei se, como eu, as pessoas sentem assim. Mas para mim, é como acordar pressionada, sem aquele despertar natural, no nosso horário biológico. Não nos damos conta, mas vivemos assim, durante esse período do horário de verão. Sendo impulsionados nessa uma hora para a frente.
Quanto ao sentido de fome então, nem se fala. À noite, no horário de jantar, já deveríamos estar nos preparando para dormir. Não há como não notar as noites curtíssimas e o dia longo demais. Dá aquela sensação de que trabalhamos tanto e quando começamos a descansar, o dia nos chama novamente à luta.
E tudo isso, motivado por apenas mais uma hora. Quem diria ?
(Adir Vieira - 24/10/10)
Fonte da imagem:vivamelhoronline.com

sábado, 23 de outubro de 2010

Caixinha de costura


Não sei costurar, mas não consigo me desvencilhar de uma antiga caixinha de costura, presente delicado de uma amiga bem mais velha, como mimo de Natal.

Pergunto-me o porquê de, a cada final de ano, quando os armários da casa são colocados de pernas para o ar na busca incessante do que transformar em lixo para a renovação das energias do local, não conseguir abrir mão de uma coisa que, sem sombra de dúvidas, passa o ano todo ali, fixada naquela prateleira, fechada e à mercê da dona que sequer a abre.

Ela é equipada com tudo de necessário, como botões coloridos, linhas de cores diversas, agulhas de várias espessuras, presilhas, carretéis, elásticos, tesouras, tesourinhas e até mesmo uma fita métrica acoplada a um dedal.

Não a utilizo, mas tê-la faz-me sentir segura.

Parece-me que estarei livre de ficar desnudada por aberturas que mostram o corpo, por decotes invadidos por botões que podem se quebrar, por costuras desfeitas ao movimento do corpo. Parece apenas, não é real.

Continuo investigando e buscando causas para a sua utilidade, a sua permanência e chego à conclusão de que o que me prende a ela é a lembrança efetiva do carinho de quem me presenteou e, assim, a faço ali permanecer.
(Adir Vieira - maio/2009)
Fonte da imagem: www.planetabiscuit.com

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ideal de amor (J.G.de Araujo Jorge)


Odeio aquelas almas onde encontro escrita
uma história que um outro antes de mim viveu...
Dentro de um grande amor, o amor-próprio se irrita
encontrando um romance que não seja o seu ...
Quero uma alma que seja inteiramente pura,
simples, e onde não haja escrita uma só linha,
onde possa ir deixar um poema de ventura
aquela que procuro e que há de ser só minha...
Quero um amor de egoísta todo meu, inteiro,
que não traga um vestígio de afeição sequer...
- se para ele eu não for o seu sonho primeiro
desde já renuncio a outro lugar qualquer...
Somente assim desejo e quero ser amado
e um grande amor somente assim posso sentir...
- hei de ser seu presente... hei de ser seu passado
e a esperança feliz que doure o seu porvir...
Para um perfeito ideal... para encher a minha vida
ser toda a minha crença em meu viver de ateu,
não quero a alma que foi por outro amor possuída
nem quero aquele amor que um dia não foi meu!
Quero o amor em botão... fechado, pequenino,
e ao calor do meu beijo há de florir então,
- para ser a razão do meu próprio destino
e a grandeza imortal da minha inspiração!...
Fonte da imagem: coisasemanal.com.br

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ontem, passamos uma tarde entre amigos, maravilhosa! Casas e não apartamentos, sempre me remetem à infância, espaço em que vivi antes do casamento.
Ontem, de alguma maneira, voltei em pensamento, àqueles preciosos momentos em que a completa "segurança" nos faz ver a vida, sem qualquer preocupação.
A casa dos nossos amigos, traz um quê de suntuosidade "velada" ou foi assim que a senti.
Da rua, sua aparência é a de um colégio grande, com um pátio extenso que não nos deixa adivinhar as belezas que vamos encontrar ao passarmos pela porta principal.
Já, lá dentro, entendi que a discreção, até na moradia, é a forma de se comunicar daquela família. E, sobretudo, nos dias de hoje, quando não podemos chamar a atenção dos incautos.
Ao atingirmos a sala, a sobriedade e a elegância da mobília que a compõe, continuam falando sobre seus donos e nos deixam encantados. E assim, vamos de cômodo em cômodo, e em cada canto, uma ou outra peça nos chama a atenção, pela sua beleza e raridade nos dias de hoje, como as pias batismais dos banheiros. Os móveis se destacam pela beleza das formas e os espelhos espalhados aqui e ali dão uma graça singular ao ambiente.
A casa é grande e demoramos um pouco para admirar o bom gosto geral. Parece que essa demora é proposital para chegarmos ao local mais aprazível da residência. É como se estivéssemos percorrendo a caça ao tesouro e ao nos depararmos com aquela imensa sala de estar que dá acesso à área de lazer com jardins e piscina, não podemos deixar de ficar surpresos com a beleza e a simplicidade, traduzindo assim, a importância da natureza no nosso dia a dia.
Tudo ali é calmo, é de bem-estar. Não fosse pelos latidos da cadelinha ciumenta de nossa presença, nossas vozes poderiam ser ouvidas a uma longa distância.
A tranquilidade da anfitriã de pronto, nos deixou à vontade e foi bom demais ver fotos preciosas da sua história de vida.
O lanche, servido com requinte, naquele ambiente de prazer, contribuiu para que os que ali estavam, somassem alguns quilos à sua performance.
No final, a certeza da vida, dos bons costumes, da felicidade de constatar que os bens criados e os amigos, apesar de qualquer lapso de tempo, podem se reencontrar exibindo os mesmos princípios de educação e moral, pela vida afora.
(Adir Vieira - 20/10/10)
Fonte da imagem:webcasas.com.br

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A loja de roupas femininas


São quatro horas da tarde.
Encontro-me no segundo piso de um shopping famoso, exatamente no Centro Médico. Ali, tudo, parece que foi planejado para distrair os clientes enquanto aguardam aquelas horas intermináveis e, dependendo do caso, nervosas, para o atendimento.
O local é em toda a sua extensão envidraçado de forma que ali parados,eles possam visualizar outras áreas do shopping e sua rotina.
Ali estou eu, sentada de frente para uma loja de roupas femininas, no andar de baixo.
A princípio, a própria loja me chama a atenção, pelo seu bom gosto. Numa época em que tecidos e trajes estão totalmente desconexos, ali ainda se preza a harmonia das cores e os detalhes suaves que embelezam a vestimenta.
Não só as roupas mas a disposição dos balcões e das araras, clama por uma visita que seja só para apreciar.
Observo como as calças compridas são dispostas e dobradas. Se o desenho do bolso é o destaque, é ele que fica visível aos nossos olhos e o importante é que, diferentes na sua forma, mesmo empilhadas, convidam ao interesse de experimentá-las, pois os detalhes mais importantes nas peças sobressaem na pilha.
Ali, até a lixeirinha, colocada na porta das cabines de prova, é graciosa e adequada ao ambiente.
Nas vitrines o lápis vermelho também passou por ali, mas consegue ser mais uma obra de arte, pela forma com que escreveu “liquidação”. Cada letra, para combinar com o negócio, mais parece uma silhueta de mulher. Não posso deixar de tentar formar na minha mente o profissional responsável por aquele feito.
Agora, o que me chama a atenção ali é uma senhorinha, de uns setenta anos, baixinha, vestindo jeans como uma menina de quinze anos, que, sorridente entra e se dirige a vendedora. Depois de trocarem algumas palavras que eu de onde estou não consigo ouvir, seguem para um dos balcões de blusas esportivas e bastante coloridas, embora não extravagantes. A senhorinha vira daqui e dali e sem qualquer timidez a cada peça tocada, coloca-a junto ao corpo e com gestos infantis se olha no espelho, aprovando ou não uma e outra. Como se aquela primeira experiência não fosse o bastante, arruma nos braços umas seis blusas e se dirige a cabine de prova. Percebo que de lá, ainda ocupa a vendedora, devolvendo algumas peças e ao retorno da mesma, entendo que pediu para trocar as cores. Depois de muitos minutos, sai da cabine feliz indicando apenas duas peças à vendedora. As duas então se encaminham para o Caixa e depois disso não consigo ver mais nada, pois a enfermeira me chama.
(Adir Vieira - agosto de 2009)
Fonte da imagem: fotosearch.com.br

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parabéns, médicos!


Hoje dia do médico e diante do caos em que se encontram os hospitais no Brasil, me sinto bafejada pela sorte, tendo em minha família e muito próximas de mim, duas médicas, minhas irmãs mais novas.
Com especialidades diferentes, como diferentes personalidades que são, cada uma cumpre o seu papel com esmero e seriedade, dando a toda a família a segurança tão necessária, nesse momento em que carecemos de ter perto de nós pessoas que nos esclareçam dos males comuns a todos, sem estardalhaços.
Nesse caminho de experiências com a própria família, ambas demonstraram excelente qualidade técnica e sobretudo o equilíbrio para nos deixar tranquilos no infortúnio.
Lembro das duas, na época da formação, onde dentro de casa, vivíamos esbarrando em ossos e crânios de gesso e, se acordávamos durante a noite, sempre víamos em cima da mesa, um grande volume aberto naquelas fotos horrendas, nos mostrando como somos por dentro. Acho que veio daí minha ojeriza por jalecos brancos. Fazendo parte de uma família não abastada, sabemos de todas as dificuldades de ambas para seguir seu caminho.
Hoje, parabenizo as duas, com meu carinho e meu reconhecimento e, sobretudo com o meu orgulho pelo que são.
(Adir Vieira - outubro de 2009)
Fonte da imagem: mundodastribos.com

domingo, 17 de outubro de 2010

O horário de verão


Os pássaros cantam ao meu redor e eu não moro em áreas verdejantes. O sol surge de súbito e eu ainda não acordei. Sei, como todo ano, que meu metabolismo se nega a crer que entramos no horário de verão.
Todo ano a mesma rotina. Meu marido a percorrer os cômodos e gavetas e acertar dentro do novo horário, todos os relógios da casa. E olha que são muitos, pois eu simplesmente amo relógios. Penso que já deveria existir, como nos computadores, uma forma de acertá-los nessa modalidade, automaticamente.
O novo horário, no primeiro dia, me pinça da cama, embora seja fim de semana e eu não tenha a obrigatoriedade de ir à luta.
Levanto-me sem querer e uma nuvem espessa se move diante de meus olhos, pesados. Dormi muito bem toda a noite, mas o ar fica diferente. Parece que a natureza se rebela, negando-se como eu, a modificar nossas rotinas e o estipulado como noite e dia, como Deus criou.
Todos já sabemos que com os dias mais longos, mais cansados ficaremos, fazendo com que essa pequena uma hora, transforme nosso ânimo como se tivéssemos batalhado cinco ou seis.
Em compensação, podemos programar divertimentos ao ar livre, com maior satisfação.
Enfim, quando estivermos, corpo e mente, já entrosados e habituados nessa nova rotina, teremos que retornar à forma inicial e mais uma vez, vai se cumprir esse desconforto.
(Adir Vieira - 17/10/10)
Fonte da imagem:eugeniasantacruz.blogspot.com

sábado, 16 de outubro de 2010

A falta da Internet em nossas vidas


Ontem parei para pensar sobre a falta da Internet em nossas vidas. Vou cair no lugar comum, mas vou repetir o que a maioria das pessoas dizem. Não sei como vivíamos antes da existência dessa mola que nos conecta, em segundos, com o mundo todo.
Ontem, ao ligar o computador, me vi desconectada e mesmo após realizar todos os testes necessários, por instrução da empresa telefônica, não consegui entrar no meu mundo diário através do PC.
Fui instruida de que teria que aguardar vinte e quatro horas pelo técnico da operadora. Nunca as horas foram tão longas num dia.
De repente, uma imensa lista de afazeres ligados à Internet, povoaram minha mente e confesso que me preocupei. Não temos idéia de como o computador faz parte da nossa rotina e com isso vai nos afastando do mundo físico, do contato com as pessoas, olho no olho, das descobertas que, sem ele, sem suas facilidades, poderíamos tentar descobrir por nós mesmos e com isso aprender cada vez mais.
A facilidade e a certeza de que o computador é nosso instrutor, nos coloca assim, totalmente dependente. Fiquei super preocupada, mas ansiei para que a minha linha fosse logo restabelecida e eu pudesse voltar aos meus trabalhos junto ao computador.
(Adir Vieira - 16/10/10)
Fonte da imagem: raileidelima.blogspot.com

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Parabéns, professores!

Hoje é um dia importante,que devemos festejar,
pois todo mundo na vida, teve um mestre a lhe ensinar.
Eu mesma, que sou de um tempo
em que mestre não era tia,
fico aqui, hoje, a pensar, como se mudou esse dia...
Professora, quem não lembra,
da sua primeira, aquela,
que com sua mão na dela,
ajudou a formar os "as".
Hoje, as coisas são outras, vamos pra' escola brincar.
Artes, ginástica olímpica, tocar instrumentos, rezar,
dependendo da escola,
são mais importantes que ler, escrever certo, pensar...
Hoje, pobres professoras, com tanta psicologia,
com tantos direitos humanos,
deixou de ser aquela,
a quem reverenciamos.
Pobres dos jovens de hoje que,
quando o tempo passar, não saberão qual a "tia"
que na memória terão, com a globalização.
Talvez tudo tenha mudado,
embora as crianças também, mas
o que importa hoje, é darmos parabéns.
Vamos parabenizar a todas, as de ontem, as de hoje,
sabendo sempre, que elas, uma ou quatro na turma,
desejam para nós o saber.
Dedicadas sei que são, pois, com tantas dificuldades,
ainda existem aquelas, que ensinam além do projeto,
mesmo com computador, pesquisas e tudo o mais,
sempre uma novidade, vai caber a ela ensinar.
Parabéns mestres, tias, professoras,
chame quem quiser a seu modo,
recebam o nosso carinho e nosso reconhecimento.
(Adir Vieira - outubro de 2009)
Fonte da imagem: colegiosaofrancisco.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O meu pânico particular

Há dias, uma sensação de torpor envolve o meu ser.
É aquela sensação desconfortável a anunciar algo incomum a caminho.
Por mais que eu tentasse, não descobria o porquê.
Por incrível que pareça, acredito que essa sensação tinha muito a ver com as notícias sobre os mineiros confinados. Tanto é que, como num passe de mágica, ela, a sensação desconfortável, me deixou tão logo o último mineiro foi libertado.
Nunca me testei como claustrofóbica, mas só de me imaginar presa em qualquer local, mesmo que seja num simples quarto, começo a me sentir mal. Acho que durante todos esses dias em que a notícia era veiculada pela mídia, fui trazendo para mim aquele desconforto.
Não sei como a mente humana funciona numa situação daquelas, como se dá o instinto de sobrevivência, mesmo que em grupo, onde a união vai proporcionar a vitória. Mas sei que eu me vejo totalmente impotente e fraca vivendo a mesma coisa.
Lembro de uma única vez em que me vi presa no quarto de minha residência, quando a fechadura emperrou me impossibilitando de sair. Eu já era uma moça feita e o quarto do meu irmão era ao lado do meu. Além do quarto ser grande, tinha uma enorme janela que dava para o terraço, embora gradeada. Qualquer pessoa da minha casa, povoada por mãe e sete irmãos, naquela hora do dia, quando todos se preparavam para ir trabalhar, poderia ouvir meu chamado. Mas minha mente me induzia a pensar que eu estava presa e que de lá, nunca mais iria sair. Meus gritos de desespero podiam ser ouvidos a léguas de distância e de dentro eu não conseguia seguir as instruções de quem estava do lado de fora, para que ajudasse a liberar a fechadura movendo a chave com cuidado pelo lado de dentro. Embora não houvesse motivo para tal, àquela hora da manhã, tiveram que encontrar um chaveiro para me libertar.
Observando a situação dos mineiros, todos heróis, sinto vergonha da minha reação com um problema tão bobo e tão comum.
(Adir Vieira - 14/10/10)
Fonte de imagem:jacarebanguela.com.br

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vamos ler, lendo...



Descobri que não sei ler

Sendo a letrada que sou,

Pois se não vejo o que quero,

logo abandono o autor.

Nesse mister tenho perdido

as melhores coisas, senhor...

pois se só o que penso eu digo

não encontro outro autor.

Sei que já acumulo

estrofes e mais estrofes,

mas sempre tem alguém doido

para ensinar a algum bofe.

Se eu me nego a ler,

com os olhos e ouvidos atentos,

por certo que vou perder,

viagens que valem pelas letras...

Tenho que me concentrar,

olhar com o coração quieto,

por certo que vou gostar e achar

o que busco e tenho no peito.

A própria escolha do tema,

já mostra que vamos de encontro

aos anseios mais prementes

na descoberta de autores.

Assim se dá com os blogs,

só pelo título do post

julgamos se é bom ou ruim ler,

e com isso com certeza,

deixamos de olhar e ver.

Vamos ser mais complacentes

com aqueles que aqui estão,

todos, nas entrelinhas,

deixam parte do seu ser,

por isso é bom olhar e ver.

(Adir Vieira - 28/10/2009)

Fonte da imagem: areaseg.com

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das crianças!


Hoje o dia se veste de paz!
Mesmo cinzento, o dia se apresenta com as cores da alegria e mesmo as cores da chuva são resplandescentes aos nossos olhos.
A vizinhança mais próxima está em polvorosa. Numa das casas da vila, uma das famílias composta de seis crianças entre dois e sete anos, programa uma visita ao Jardim Zoológico.A mãe corre de um lado para o outro dando instruções aos mais velhos sobre a roupa a vestir, enquanto banha e penteia a menininha menor. Da minha janela vibro com aquele vai-vém.
Num ritmo desenfreiado, todos sabem exatamente o que fazer para o quanto antes ganharem a rua e estrearem os brinquedos novos ganhos dos pais e tios.
Já há algum tempo percebo que o Dia das Crianças ganhou um impulso significativo da mídia que dirige o comércio.
Nos meus tempos de criança, não se via tanto entusiasmo nesse sentido : - o de desejar brinquedos, sair para fazer lanches com os amigos e até mesmo participar de festividades em conjunto.
O Dia das Crianças deixou para trás até mesmo a comemoração do Dia de N.Sra. da Aparecida.
De minha parte, lembro desse dia como o dia de devoção à N.Sra. Aparecida. Meu pai, devoto que era da santa, não nos deixava esquecer a data.
As crianças de ontem vibravam com as procissões e tinham como meta a ida às Igrejas.
Hoje, poucas são as famílias que esquecem de programar seu feriadão e fugir por aí para umas pequenas férias.
A classe social dita a forma de comemorar, dentro dessas três opções: - orar por N.Sra, valorizar as crianças nesse dia dedicado a elas ou aproveitar o descanso proporcionado pelo feriado longo.
Enfim, que N.Sra. da Aparecida nos proteja a todos.
(Adir Vieira - 12/10/10)
Fonte da imagem:educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A alegria de viver

Cuido para que nunca
atenha-me a bobagens vãs
rindo ou chorando sozinha
ouço sempre a voz da razão.
Se hoje estou quase triste
amanhã, feliz estarei
mesmo que a vida ofereça
insensatez ou rispidez.
Gosto de feliz estar
ouvindo o coração falar
se não o escuto ou atendo
a culpa trago pra mim.
Quando quero alegrias
sei onde devo buscar,
é só ver os olhos rindo
ou aonde o choro está.
Mas nem tudo são flores,
assim já dizia o poeta
cabe a mim, com precisão,
suavizar, onde o calo aperta.
Pode parecer besteira,
mas todos podemos ser
só aquilo que queremos
na alegria de viver.
(Adir Vieira - novembro de 2009)

Fonte da imagem: laughtersempre.blogspot.com

domingo, 10 de outubro de 2010

Assim eu vejo a vida(Cora Coralina)


A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Fonte da imagem: luciana-vieira.blogspot.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Quando adivinha (Olavo Bilac)


Quando adivinha que vou vê-Ia, e à escada
Ouve-me a voz e o meu andar conhece,
Fica pálida, assusta-se, estremece,
E não sei por que foge envergonhada.
Volta depois. À porta, alvoroçada,
Sorrindo, em fogo as faces, aparece:
E talvez entendendo a muda prece
De meus olhos, adianta-se apressada.
Corre, delira, multiplica os passos;
E o chão, sob os seus passos murmurando,
Segue-a de um hino, de um rumor de festa
E ah! que desejo de a tomar nos braços,
O movimento rápido sustando
Das duas asas que a paixão lhe empresta.
Fonte da imagem:asemanadochaveco.com.br

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A primavera (Olavo Bilac)


A mocidade é como a primavera!
A alma, cheia de flores resplandece,
Crê no Bem, ama a vida, sonha e espera,
E a desventura facilmente esquece.
É a idade da força e da beleza:
Olha o futuro, e inda não tem passado:
E, encarando de frente a Natureza,
Não tem receio do trabalho ousado.
Ama a vigília, aborrecendo o sono;
Tem projetos de glória, ama a Quimera;
E ainda não dá frutos como o outono,
Pois só dá flores como a primavera!

Fonte da imagem: confessium-mandrag.blogspot.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aí vem o Natal !


Hoje ao acordar, tive a exata certeza de que já estamos caminhando para meados do mês de outubro.
Com isso, atesto que daqui a apenas dois meses, estaremos no Natal.
Custo a crer que já passamos por quase todas as festividades do ano, como carnaval, páscoa, dia das mães, dia dos namorados, dia dos pais, festa da primavera, etc...
Lembro que todos os anos, nesse mês de outubro, já estou com minha lista de compras para o Natal, devidamente organizada.
No entanto, este ano, estou em compasso de espera.
Nada fiz, nada pensei e essa, o Natal, é a única festa da qual não posso e nem quero fugir. São tantas coisas a fazer. Organizar almoços em família, compras diversas para renovar a casa, escolher presentes e mais presentes...
Mas estamos em compasso de férias. Pelo menos até meados de novembro, quando mais um membro vai compor nossa família.
Até lá é só pedir a Deus para que tudo de melhor aconteça.
Esse final de ano promete e sei que vou ter que correr muito de novembro até dezembro.
(Adir Vieira - 07/10/10)
Fonte da imagem: icicom.up.pt

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Poemas de amor


Outro dia recebi uma mensagem por e-mail por sinal muito engraçada, mas sobretudo bem verdadeira.
Falava dos sonhos de um rapaz noivo em relação ao casamento que estava por acontecer e também dos sonhos da noiva, descritos em poemas.
Enquanto o rapaz estava na expectativa de ser tratado como um sultão, tantas eram as alusões feitas à café na cama e outras coisitas mais, a noiva tinha sonhos totalmente diversos. Não posso deixar de dividir com vocês.
*POEMA ESCRITO POR ELE:*
Que feliz sou eu, meu amor!*
Já, já estaremos casados,*
O café da manhã na cama,*
Um bom suco e um pão torrado*
Com ovos bem mexidinhos*
Tudo pronto bem cedinho*
Depois irei para o trabalho*
E você para o mercado*
Daí você corre pra casa*
Rapidinho arruma tudo*
E corre pro seu trabalho*
Para começar o seu turno*
Você sabe que de noite*
Gosto de jantar bem cedo*
De ver você bem bonita*
Alegre e sorridente*
Pela noite minisséries*
Cineminha bem barato*
Nada, nada de shoppings*
Nem de restaurantes caros*
Você vai cozinhar pra mim*
Comidinhas bem caseiras*
Pois não sou dessas pessoas*
Que gosta de comer besteiras....*
Você não acha, querida*
Que esses dias serão gloriosos?*
Não se esqueça, meu amor*
Que logo seremos esposos!*


*POEMA ESCRITO POR ELA*
Que sincero meu amor!*
Que oportunas tuas palavras!*
Esperas tanto de mim*
Que me sinto intimidada*
Não sei fazer ovo mexido*
Como sua mãe adorada,*
Meu pão torrado se queima*
De cozinha não sei nada!*
Gosto muito de dormir*
Até tarde, relaxada*
Ir ao shopping fazer compras*
Com o Visa tarja dourada*
Sair com minhas amigas,*
Comprar só roupa de marca*
Sapatos só exclusivos*
E as lingeries mais caras*
Pense bem, que ainda há tempo*
A igreja não está paga*
Eu devolvo meu vestido*
E você seu terno de gala*
E domingo bem cedinho*
Prá começar a semana,*
Ponha aviso num jornal*
Com letras bem destacadas:

HOMEM JOVEM E BONITO*
PROCURA ESCRAVA BEM LERDA*
PORQUE SUA EX-FUTURA ESPOSA*
MANDOU ELE IR À .......!
Fonte da imagem: Internet

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pão com ou sem recheio...


Adoro pão, massa, carboidrato. Sejam doces, salgados ou temperados, de todos os sabores de antemão, aposto que vou gostar.
Acho mesmo que o que mais me atrai nas massas é a forma que a elas podemos dar, transformando-as em nossos brinquedos imaginários, como fazíamos com as massas de modelar na infância.
E assim, na bancada da cozinha, vamos criando bolas recheadas, cobrinhas sem cabeça, palitinhos iguais a cigarros e tranças e mais tranças, como a de nossas bonecas.
Tem massas que depois de assadas, dá pena comer, desmanchar...
Mexer com a massa de pão, sová-la, vê-la crescer, para depois moldá-la ao nosso bel- prazer, é como uma mágica criativa, que nos diz seres únicos responsáveis por aquele projeto, onde derramamos nossa alma, naquelas duas ou três horas de trabalho.
Meu pai era gerente de padaria e ninguém fazia pão doce, paçoca e sonho recheado com creme, como ele. Aproveitava as saidas de minha mãe para visita a minha avó, em alguns finais de semana, para reunir os filhos que ficavam sob seus cuidados em casa, e em volta de uma grande mesa de madeira no quintal mostrava suas habilidades.
Lembro-me que juntos, fazíamos muita bagunça e na poeira da farinha que voava sobre nossas cabeças, esperávamos pacientemente para experimentar aquelas verdadeiras iguarias. Juntos, limpávamos tudo, antes de minha mãe chegar.
Acho que vem daí minha paixão pelos pães.

(Adir Vieira - 20/07/10)
Fonte da imagem: joaoeofogao.blogspot.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nós e as mulheres


Fiquei numa saia justa
Quando não pude explicar
aquela mentira técnica
que inventei só pra agradar.
Bobagem a minha de
mentir pra não machucar,
sendo ela tão consciente,
jamais, ia acreditar.
Com essa me livrei por pouco
e não causei dissabor,
mas daqui pra frente prometo
não repetir tal horror.
Devemos dizer a verdade
sempre, em toda a situação,
pra' que tenham confiança
e despertem pro nosso amor.
Não é preciso mentir,
basta apenas calar,
amenizar, talvez sorrir
e não deixar discordar.
Elas são compreensivas,
e nos conhecem em tudo
mesmo que se fale bem,
elas nos tacham de burros.
(Adir Vieira - 04/10/10)
Fonte da imagem:guiblogado.blogspot.com

domingo, 3 de outubro de 2010

A caretinha


A criatividade na cozinha é algo que atinge proporções inimagináveis.
Principalmente quando é exercida com amor e dirigida a um público alvo.
Ontem, numa festa de aniversário, pude comprovar essa minha afirmativa.
Um prato simples, saudável e muito gostoso, logo chamou minha atenção e de todos os que lá estavam.
Tratava-se de um sanduiche feito com pão de forma sem casca, salsichas, azeitonas verdes, tomate e requeijão.
É feito com o pão ainda inteiro, apenas cortado em fatias horizontais e após a confecção, guardado em geladeira e embalado em papel alumínio, para ser fatiado na hora de servir.
O interessante é que cada fatia exibia uma caretinha, tornando a apresentação de muito bom gosto.
A arte está na forma de dispor as salsichas e os outros ingredientes sobre as fatias de pão, de forma que as azeitonas formem os olhos, as salsichas formem o nariz e o tomate forme a boca.
Em cada fatia, apresenta-se assim, uma caretinha.
Olha que eu vivo procurando novidades em relação à culinária e nunca em minha vida, vi um sanduiche tão interessante.
(Adir Vieira - 03/10/2010)
Fonte da imagem: kanten.com.br

sábado, 2 de outubro de 2010

Uma voz mais alta que causou torpor!




Sua mudança de humor
fingindo estar afetado,
só provoca mais horror
em meus sentimentos velados.
Não entendo como pode,
alguém tendo tudo o que quer
ainda se dizer roubado
dos afetos da mulher,
Às vezes até me arrependo
de tanta canja que dei,
pois se é para reclamar
que fique sem ter ninguém...
Mudar da docilidade
para um gesto tão duro,
não faz parte das coisas
que escolhi pelo mundo,
Ando meio preocupada,
por saber que não aturo,
de um homem só quero flores,
jamais algo que importune.
Me conheço por demais,
sei que vai perder meu amor,
se ele não se retratar rapidinho
e com ardor.
Minha história tão romântica,
não pode ficar mesclada,
mesmo com interferências
que não aceitei, por hora...
Não importa minha idade,
minha história já vivida
se não é pra ser como quero,
não aceito, vivo sozinha.
O que mais prezo é o romance
o doce ar que respiro,
a calma, o envolvimento,
os carinhos e os devaneios.
Mesmo que tenha sido
a primeira vez , chocou,
ainda estou meio lerda,
em meio ao horror que me causou.
E olhe que foi só
uma voz mais alta, nervosa,
que não estou acostumada,
mas convém botar limites,
senão tudo vira desordem.
Com o meu sofrimento,
espero que ele repense
que comigo,
só afeto e doces versos,
o resto dê pra quem aceite.
E não adianta dizerem
que sou infantil,
imatura,
comigo é assim mesmo,
se quiser, que jamais, mude!
(Adir Vieira - 10/08/09)
Fonte da imagem: agora_m.blogs.sapo.pt

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não quero ser engenheiro


Hoje o dia vai ser duro ...
Por mais que eu seja otimista,
tremo por dentro em pensar...
tantas coisas a fazer e
pouco tempo pra' realizar...
Não sei como começar
e nego-me a levantar...
O despertador já chamou,
de pronto me assustei e
se não levanto agora,
aí sim, vou ter que correr...
Logo hoje, que a cama quentinha
convida-me com encanto, a ficar,
vejo que falta pouco
pra' na escola eu estar.
Hoje a prova é de português
e nessa matéria dou banho,
mas no segundo tempo,
lembro que é matemática
e aí então eu me assombro...
Concatenar as idéias...
lembrar fonemas, pronomes,
nada disso é confuso, diante
de tanta fração, regra de três
e outras contas.
Risco aqui, risco acolá,
faço tabuada e não dá.
Meu pai quer que eu seja engenheiro,
minha mãe me vê em belas artes
e eu entre tantas idéias,
me vejo livre, pensando...
(Adir Vieira - 01/10/10)
Fonte da imagem:
netto-piadasenviadasporamigos.blogspot.com