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Bem Vindo


sábado, 31 de outubro de 2009

Parabéns, gatinha !

Hoje a gatinha completa onze anos. Continua doce, terna, meiga e amiga de todos.
Consegue distribuir seu amor pela família toda, sem negligenciar ninguém.
Tem a doçura das menininhas.
Atrás de sua voz mansa, esconde-se um mundo de certezas, confiança e vontade própria que, com firmeza, não abre mão de seus desejos mais íntimos.
Lindo para nós, é vê-la despontando na adolescência, mudando hábitos infantilizados e sobretudo, nos ensinando como se portar na vida.
Conviver com essa gatinha é a maior dádiva que Deus colocou nas nossas vidas, porque ela é, sem dúvida, o maior encanto que já conhecemos.
Parabéns, gatinha, muitas felicidades, que Deus a proteja sempre.

terça-feira, 27 de outubro de 2009



Sei que às vezes bate uma vontade louca de extrapolar. Ignorar prazos, horários, programações, mas, é muito difícil levar essa irrevelia à frente, quando durante toda a vida fomos basicamente treinados para seguir o mundo, de acordo com o mundo.

Talvez tenha sido isso o que me levou a pensar em como essas situações, na vida, não são tão raras.

Tenho assistido à minha volta, casos e mais casos em que essa extrapolação se dá de uma hora para outra, sem avisos sequer.

A nós custa crer que aquele ser perfeitinho, completamente dentro dos parâmetros traçados pela família e pela sociedade, tenha se tornado num piscar de olhos, naquela pessoa irreverente e absolutamente sem compromisso com o mundo.

Não sei se é a mudança de comportamento dentro do mesmo corpo, ou se é a própria forma de se comportar que causa estranheza, mas o que sei é que essa nova performance assusta.

Às vezes penso que o ser humano sempre viverá em busca do que ainda não foi ou não fez e, pode ser normalíssimo viver o não vivido, mesmo em formas radicais. Vai depender do almejado, se for estranho ou não.

Tive prova disso, assistindo uma entrevista na TV que mostrava uma anciã, sem cara nem jeito de anciã, aos setenta e nove anos, exibindo um corpo sarado e totalmente tatuado, gabando-se de que passava as madrugadas nas baladas e ainda viajava na garupa de motos dos rapazes adolescentes, seus colegas de "festa". A despeito de sua grande alegria e exuberante vitalidade, ainda sim, por não ser comum, causa estranheza.

Essa mesma senhora como a explicar-nos sua mudança comportamental, fazia questão de mostrar fotos dos tempos de jovem, de sua época de casamento, enfim, de vários momentos de sua vida certinha anterior e, a todos nós, pareceu estar mil vezes melhor agora, diante de toda a sua radicalidade.

Com meus pensamentos vagando em busca do que a modificou , acerto em cheio na minha hipótese - a busca do vigor físico, a busca da alegria de ser jovem, a busca da felicidade sem compromissos, a busca do viver por viver.

Graças a Deus, ainda existem pessoas que, não dando asas a preconceitos baratos, conseguem se realizar, mesmo que seja lá no "finzinho".

Fonte da imagem: mixdeinformacao.blogspot.com

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Insônia x Flamengo


Sempre me orgulhei de ter um sono tranquilo, pesado e constante durante toda a madrugada.
Hoje percebi que algumas coisas começam a mudar. Essa noite não foi assim. Inexplicavelmente, passei toda a noite em estado de alerta, sem um pingo de sono.
Nas primeiras duas horas de vigília forçada pela falta de sono, tentei imaginar o porque. Não era admissível que o meu corpo, cansadíssimo dos passeios do dia, não reclamasse pelo seu descanso, sem a mente a lhe provocar, impedindo-o de ali ficar somente se recuperando da energia gasta pela atividade fora da rotina. Não consegui explicação. Nas horas seguintes atribui o fato a alguma preocupação inconsciente, ao que imediatamente rebati, posto que utilizo o sono para a fuga dos problemas mais corriqueiros. Se preocupada estou com o que quer que seja, aí durmo muito mais. Continuei sem explicação.
Com o marido ao lado, ressonando tranquilo e ao fundo uma briga de casal em um apartamento próximo, consegui enfim entender o porquê de não ter conciliado o sono - a discussão do casal -
Ontem,como todo mundo sabe, foi jogo do flamengo e quase toda a população do Universo gritou mengo o dia todo. O vizinho, flamenguista doente, não perdeu a oportunidade de assistir a partida no Engenhão que, para minha tristeza, a Prefeitura colocou a algumas quadras da minha residência. Com certeza, deixou mulher e filhos em casa sozinhos, nesse domingo lindo, de calor. Como não poderia deixar de ser, chegou em casa "tocado" pela bebida e pela alegria do seu time de coração ter ganho do adversário, que, para dizer a verdade, nem sei qual foi.
Enquanto ele se divertia a mulher em casa, engolia a raiva sentida durante todo o dia, apenas esperando-o para revidar. O infeliz ou feliz, chegou em casa quase meia-noite, hora em que se iniciou o embate. O silêncio da noite trazia essa "família" para dentro do meu apartamento e junto com ela os palavrões e todos os barulhos agregados, provocados por cadeiras e almofadas voando uns contra os outros. E olha que a "guerra" ocorria no último andar do prédio em frente.
O relógio já batia cinco horas da manhã quando eu, finalmente, consegui conciliar o sono.
Viva o Flamengo!
Fonte da imagem:futebolnegocio.wordpress.com

domingo, 25 de outubro de 2009

Presente de Natal antecipado



Recebi, hoje, meu primeiro presente de Natal desse ano.Veio sem que eu esperasse, pois ainda faltam dois meses para a troca de presentes. Mas o motivo para a antecipação é uma viagem que o impedirá quem está me presenteando de estar conosco no Natal.Veio das mãos de pessoa que me preza, mas não temos relações de amizade que justifique tal ato. Mas não foi isso que me chamou a atenção no gesto. O que me impressionou foi o presente em si.Para que vocês possam entender do que estou falando, é primordial que eu fale de mim. Sou uma senhorinha simpática com décadas bem vividas e bastante conservadora no meu agir.O presente foi-me dado com todas as recomendações e com a absoluta certeza de que iria me agradar mais do que qualquer outro. Tratava-se de uma apresentação de um grupo de forró do Nordeste, em DVD, com músicas num ritmo alucinante, numa batida única e descompassada, fazendo rodopios com as poucas peças de roupas que lhes cobriam os corpos e exibindo gestos acentuados para provocar a sensualidade dos demais.Sei que nunca compraria tal produto para ter em casa. Não pelo que assisti, mas por não me agradar tal apelo musical com versos mal construídos e rimas forçadas.Pensei a respeito sobre o que levou meu admirador a ter tanta certeza de que o presente me agradaria.Repassei na mente o que vi – vibração positiva, alegria, felicidade, despojamento e beleza nos corpos jovens e sarados.Tive de repente um insight e fiquei superfeliz.Não com o presente, repito, mas com o que viram em mim para crerem que eu ia gostar.


Fonte da imagem: icicom.up.pt

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Socorro, me ajudem!

Queridos amigos,

Não sei o que está ocorrendo com  minha lista de blogs.
Alguns, não estão atualizando , embora as configurações estejam idênticas a dos que estão atualizando automaticamente.
Não sei mais o que fazer e peço ajuda.
Fico na expectativa da resposta e desde já agradeço de joelhos.kkkkkkkkkkkkk

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais um belo texto de Martha Medeiros

Recebi de uma amiga querida e achei muito lindo o texto abaixo, razão pela qual resolvi publicar aqui no blog, aproveitando a minha total falta de inspiração de hoje.

"É o sonho de toda garota em vias de transformar-se em mulher: dormir junto com o seu Romeu. Talvez ela nem tenha encontrado o príncipe ainda, mas já sonha em dividir lençóis com ele. Um homem seu a noite inteira, os dois protegidos por quatro paredes. Nada daquela pressa de motel, daquele cenário impessoal, daquele castigo de ter que sair de madrugada para voltar para a casa dos pais. Nada de barraca de camping, aquele desconforto, aqueles insetos todos que não foram convidados. Nada de cochilos na rede, de romance dentro do carro, de rapidinhas no meio do mato. Isto faz parte do anedotário da adolescência, quando estamos a ponto de bala e tudo vale. Bom mesmo é dormir juntos numa aconchegante cama de casal, com direito a oito horas de sono e intimidade.
Case e verá. Dividir o mesmo colchão tem vantagens, evidente, e não apenas aquelas que você está pensando. É ótimo enfiar os pés no meio das pernas do outro, principalmente quando está fazendo 2 graus lá fora. É ótimo quando ele levanta para tomar água e traz um copo pra você também. É ótimo ter alguém para pedir que investigue que barulho estranho foi aquele na sala. É ótimo ter alguém para abraçar sem segundas intenções, sem erotismo, só pelo carinho, só pelo calor. Pena que não seja sempre assim.
O amor é cego mas não é surdo: seu príncipe ronca. Você não ronca, mas fala dormindo. O silêncio exigido depois das 22 horas é quebrado por grunhidos, relinchos, ruídos cavernosos. Ou confissões desencontradas, gritos de pesadelo, nomes que não deveriam ser ditos. Vocês acham que fazem muito escândalo acordados, mas é quando entram no mundo dos sonhos que o fuzuê começa.
Se não é o ronco que tira o humor do casal, é o termostato. Ela quer três cobertores assim que entra março. Ele admite uma colcha quando está nevando. Ela dorme de pijama, meias e uma caixa de Kleenex na cabeceira. Ele entra na cama como veio ao mundo e liga o ar-condicionado na potência máxima, não importa a estação do ano. Apaixonados de dia, arquiinimigos de madrugada.
Ele quer a janela aberta, ela trancafiada. Ele quer as cobertas soltas, ela gosta de tudo bem preso na cama. Ele quer três travesseiros de pluma só para ele, ela dorme sem nenhum porque tem problema de coluna. Ele tem o sono leve, acorda quando ela espirra. Ela tem o sono pesado, não acorda com o alarme de incêndio. Ele se vira a noite inteira, ela se mexe tanto quanto um cadáver. Ele gosta de ver o Amaury Jr. na cama, ela gosta de ler. Ele deixa as meias que usou o dia inteiro jogadas no chão do quarto, ela coloca duas gotas de Chanel número 5 depois de escovar os dentes. Ela é Marylin, ele é Maguila, e quando não estão transando, sonham com uma cama king size, até que dois quartos os separem.
Martha Medeiros "

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Rio de Janeiro em guerra!



O Rio de Janeiro está em guerra. Lamentável!

Quando em minha adolescência, época em que os pais de crianças com dez anos jamais se preocupavam em deixá-las ir sòzinhas à padaria, eu imaginaria hoje, em minha "velhescência", estar vivendo esse horror.

Já há alguns meses, creio que a maior parte dos brasileiros, principalmente os cariocas, já sabem por "a" mais "b" que não têm ninguém em quem confiar para tirá-los desse pesadelo.

Desde o tempo em que os melhores imóveis da Tijuca tiveram que ser quase vendidos a preço de bananas, o RJ vive esse terror, mas, confesso que, como ocorreu no sábado, nunca imaginei que pudesse acontecer.

A forma como esse tipo de coisa interfere na nossa saúde, é direta, sem condescendência. Mesmo morando distante do local onde o helicóptero foi alvejado, a dor na nuca indicou meu desalento. Sofri com as pessoas correndo por entre carros, fugindo de possíveis balas perdidas, quando os policiais revidaram ao tiroteio.

Imaginei pessoas em casa paralisadas, deitadas no chão, enquanto durava o confronto. Ouvi o choro de crianças que com tanto barulho, não entendiam o que estava acontecendo. Senti o desespero dos idosos e daqueles que já não podem mais correr e se refugiar não se sabe onde, para escapar da morte.

Que lamentável está a vida, meu Deus!

Fonte da imagem: oglobo.globo.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O grande mico que paguei e depois chorei...


Hoje já se passaram dois dias do ocorrido, mas ainda sinto lá no fundo uma ponta de mágoa pelo que fiz.Para que vocês entendam, vou relatar aqui e dividir com vocês.
Temos um profissional eletricista que já há uns dez anos nos atende. Há uns dias atrás, esteve ele aqui em casa para desinstalar um ventilador e instalar um outro. Calmo e eficiente, além de muito educado, o deixamos a vontade no seu trabalho, haja vista a grande confiança que sempre depositamos nele.
Dessa vez, no entanto, estranhamos o fato de estar demorando tanto e fomos ao local ver o que acontecia, quando o vimos andando de um lado para o outro, com o manual de instruções nas mãos. Ele é um sujeito de pele clara que, naquela altura estava vermelha como um pimentão.
Perguntamos o que estava havendo e ele, muito sem graça, explicou que não conhecia aquele modelo de ventilador de teto, novidade no mercado, e que tinha esquecido os óculos e não conseguia ler as instruções. Meu marido prontificou-se a ler para ele, mostrando os gráficos.
Lia, mostrava, lia, mostrava, mas ele não entendia e repetidamente perguntava: -onde ligo o fio cinza? só preciso saber do fio cinza! - cada vez mais demonstrando estar nervoso.
Da cozinha, eu ouvia e estranhava o que estava ouvindo, quando pedi ao meu marido que emprestasse a ele os seus óculos, para uma tentativa de quem sabe, se os céus ajudassem, eles poderiam ter o mesmo problema ocular! Mais eu estranhei a negativa do meu marido que, firme, me olhava e dizia - não precisa, deixa que eu vou ler para ele.
Dois medos tomaram conta de mim - uma instrução interpretada erroneamente pelo meu marido e a falta de confiança naquele profissional de ouro que, por ter esquecido os óculos, tinha se tornado profissional de lata. Daí, apressei-me a pegar meus próprios óculos e forçá-lo a colocar no rosto, para tentar enxergar. Muito sem graça, ele repetia: - com esse aí mesmo é que eu não vejo nada. Fiquei nessa tentativa pelo menos uns dez minutos, fazendo com que ele experimentasse cinco pares de óculos.
De repente, eu mesma, descobri etiquetas nos fios indicando os locais onde deveriam ser ligados .
Quando acabei de ler, o eletricista suspirou de alívio. E nós também!
Por fim, meia hora depois, o trabalho foi concluido com pleno sucesso.
O mico veio por conta do que meu marido contou após sua saida. Ele na realidade não tinha "esquecido" os óculos. Não lia, porque era analfabeto.
Naquele momento me dei conta do meu "mico" e senti na pele a dor que ele deve ter sentido com minha insistência boba.
Fonte da imagem:netmultibusca.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Visitem :

Hoje tem vídeo novo no "MINHA VIDA EM VÍDEO"

http://minhavidaemvdeo.blogspot.com/

Lembrei da visita ao Cristo Redentor


Ontem os jornais comemoravam mais um aniversário do Cristo Redentor e me veio à memória um fato inusitado, quando da minha primeira visita ao local.
Tinha eu uns dezessete anos e fomos em grupo, numa pequena excursão. Um grupo de cinco amigas e uma delas, com o namorado, tinha cerca de vinte e cinco anos.
Marta, a responsável por todas nós, aquela que estava com o namorado, trabalhava numa multinacional. O namorado, Pedro, fazia parte do grupo de vendas da mesma Empresa. Naquela época, há uns quarenta anos atrás, não se permitia que funcionários tivessem qualquer tipo de relacionamento, ainda mais em funções de prestígio, como ela, que era a secretária principal do Diretor Presidente.
Dessa forma, ela e o namorado, jamais frequentavam juntos, locais de grandes aglomerações ou mesmo lugares da moda, para evitar que fossem flagrados em colóquio amoroso.
No entanto, aquele era um dia de férias dos dois e tanta era a felicidade de ambos, que acredito, naquela altura, tenham até esquecido que trabalhavam no mesmo local e de que eram muitos os impedimentos à sua união. Daí, aceitaram de pronto, o nosso convite para a excursão. Como era comum há alguns anos atrás, nos armamos de "mala e cuia", ficando cada uma responsável por aprimorar nosso lanche da tarde com iguarias dignas do local.
Em lá chegando, escolhemos um local próprio para esse fim e após registrarmos o passeio com fotos especiais, preparamos nossa "mesa improvisada" com a toalha quadriculada e nos acomodamos para nossa refeição, cansadas que estávamos das andanças pelo lugar maravilhoso.
Tão logo nos sentamos, um grupo se aproximou e dentre eles exatamente o Diretor Presidente da Empresa onde Marta trabalhava, dirigiu-se a nós para um pedido de informações. Nós, que não o conhecíamos fomos solícitas em esclarecê-lo, ao tempo em que estranhávamos sua cara de espanto olhando para Marta que, tremendo como vara verde, tentava sair daquela armadilha, imputando o namorado a uma das meninas do grupo que, assustada, não entendia nada.
Lembro que já em casa, Marta nos colocou a par da delicada situação e não pudemos deixar de rir muito com o fato.
Soubemos mais tarde, que o Chefe de Marta foi bastante discreto, fingindo ignorar a situação por todos os anos em que foi seu Chefe naquela Empresa.
Fonte da imagem: baixaki.com.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Terna lembrança



Hoje é um dia realmente especial.

Dia de Nossa Senhora Aparecida. Era a Santa de devoção do meu pai e com ele aprendi, fervoroso que era, a dedicar também a ela meus pedidos e agradecimentos ao longo da vida. Hoje, rezando aos seus pés e agradecendo a ela a minha vida, vejo a figura de meu pai, crédulo por demais. Vejo-o sentado na cama, com o pequeno quadro em que sua imagem foi emoldurada, em mãos, rezando a cada manhã e impedindo-nos de entrar no quarto enquanto estivesse em oração. Lembro que quando comentávamos sobre qualquer dificuldade, ele dizia de pronto que ia pedir a nosso favor a Nossa Senhora Aparecida.

Vejo hoje, sobretudo, a importância do seu gesto, tão desconexo na sua candura, com aquele homem grande e forte. Gesto esse, de determinação de valores morais e sentimentais, tão ausentes nos adultos de hoje. Sinto em sua grandeza, a real importância da família, no que diz respeito à formação das crianças e às sementes de amor e reverência às suas crenças que, por certo, carregarão para o resto da vida nos momentos cruciais.

Fico feliz, imensamente feliz, por essa lembrança terna e eternamente presente, do meu pai.

Fonte da imagem: botecoliterario.wordpress.com

domingo, 11 de outubro de 2009

Lá se foi meu feriado!


Domingo, véspera de feriado.
Que bom! Nada para fazer, só relaxar. Tantas são as formas de relaxamento e o dia com esse friozinho, nos convida a assistir aquele filme predileto, esquecido na estante desde a última vez que nos entreteu.
A necessidade de ficar sem fazer nada é tão premente que confesso, nem ligar o vídeo me anima.
Penso em outra coisa para "não fazer" e o telefone toca. Atendo e a voz do outro lado é de uma prima que mora em outra Cidade e que decidiu passar o feriado comigo, trazendo dois filhos adolescentes e o marido.
Apesar da alegria de revê-los, lá se foi o meu fim de semana de "relaxamento".
Fonte da imagem: senado.gov.br

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fazendo a minha tarefa...


Ainda agora saboreio a alegria de vê-la trabalhando, tão menina, num projeto que era meu, assambarcado por ela.

Percebo a genética da família presente em todos os seus atos, tão pequenina.

Vejo o cuidado com que organiza as caixas de doces e as dispõe, sozinha, por sobre a bancada, numa ordem, segundo ela, que impeça a quebra dos doces mais delicados, se colocados nos saquinhos embaixo da bananada grande e pesada.Vejo sua percepção inteligente quando evidenciando que comprei apenas um quilo de balas sortidas, deveria contá-las antes do ensacamento, para saber quantas poria em cada saco.

Vejo suas mãos pequenas e ágeis, numa calma sem fim, enchendo um a um todos os sacos de doces. Já no centésimo, ia como uma autômata, numa ordem fremente até ajeitar a grande maria mole, sua predileção.

Expliquei que "dar doces em homenagem a São Cosme e Damião", mesmo fora do dia original e, principalmente com tanta dedicação de sua parte, permitia que ela fizesse um pedido em troca.

Imediatamente lembrou que como não gostava muito de ficar sentada estudando, os Santos bem que poderiam ajudá-la a fazer as provas.

Vejo sua alegria no término da tarefa quando, com os olhinhos brilhando me pede para separar quatro saquinhos para os amiguinhos diletos.

Essa é ela, minha sobrinha querida. Luz de nossas vidas!

Fonte da imagem: lencoencarnado.blogspot.com

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A contratação indevida



Relutei, mas contratei uma pessoa para uma vez por semana me ajudar nas tarefas domésticas.

O momento exige que eu tome essa providência, porque as tarefas externas são muitas, não me sobrando muito tempo para limpezas diárias. O que me sobra me consome na cozinha, minha atividade predileta.

Enfim, recebo minha auxiliar, com a maior boa-vontade. Sento-a diante de mim e com paciência explico como desejo que ela trabalhe, qual a tarefa que deve desempenhar primeiro, qual o cômodo da casa exige cuidados apurados, etc...

Depois de quase meia hora mostrando como deve se posicionar, ela, moça de trinta e cinco anos, abre com constância a boca, denotando um sono premente que com ela, briga durante toda a nossa conversa.

Percebo que a estou cansando com minhas explicações e lembro de perguntar se tomou café. De imediato responde que não come desde ontem às sete da noite.

Meu marido que a essa altura também já está esfomeado, dá salvas à minha brilhante lembrança e parto para a cozinha para preparar o nosso café da manhã. Coloco a mesa à qual ela, minha auxiliar, de pronto se senta aguardando meus preparativos. Meu marido do outro lado da mesa, espera e ela, sem pestanejar, toma para si a caneca que para ele preparei e sorve com assobios, o café do meu marido. Espantada, tento deixar para lá, mas ela, sem qualquer cerimônia, toma para si pão, queijo e a fatia de bolo de café destinada ao meu marido que começa a sorrir pelo canto dos olhos.

Decido dar uma pausa nos preparos e deixo-a terminar seu café. Pede mais uma xícara e eu a preparo, arquitetando na mente um jeito de despachá-la, sem mesmo começar o serviço, pois já lá se vão quase nove horas da manhã.

Meu marido, na mesa com ela, sequer abre a boca, talvez pensando no que havia me dito antes da contratação, visto que me conhece mais do que a palma da própria mão.

Não pensei duas vezes, quando ela, minha futura auxiliar, levanta da mesa, sem pedir licença e se espreguiçando, pergunta: - madame, cadê os produtos de limpeza.

Minha resposta foi dizer que infelizmente havia surgido um imprevisto e nós não poderíamos estar em casa aquela manhã e, portanto, teríamos que dispensá-la, sem mesmo iniciar suas tarefas.

Notei em seu semblante um misto de surpresa e satisfação que ficou mais evidente quando eu paguei sua diária. Ao indagar quando poderia retornar, pedi que aguardasse meu telefonema, porque o tal imprevisto não me dava margens de fazer qualquer programação.

Quando minha futura auxiliar saiu, senti um alívio e um contentamento tamanho que jurei não tentar outra vez.

Sei que essa minha decisão não ajuda a mim, nem tampouco a quem precisa de emprego, mas o que posso fazer, se não tenho estômago para aturar certos abusos, hoje tão presentes nos chamados "necessitados"?

Fonte da imagem: rafs2.blogspot.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um contra cem



Não uso esse blog,que se dispõe apenas a expressar pensamentos de uma mulher, sem qualquer compromisso, para fazer propaganda do que quer que seja. Mas hoje é quarta-feira e lembro de imediato de que não posso esquecer o horário de um programa de TV.

Arrisco-me sem propagandear, a recomendá-lo a todos os que gostam de ser testados em seus conhecimentos e, principalmente em sua habilidade mental. É um programa de mais ou menos uma hora, de perguntas e respostas, cujo intuito é fazer com que o participante principal ganhe o prêmio máximo derrotando uma platéia de cem pessoas que, concomitantemente com o mesmo, vai respondendo às mesmas perguntas e são eliminados a cada resposta errada. O objetivo é que esse participante principal elimine todos os participantes da platéia e obtenha a vitória.

O programa nos prende do início ao final. Não fosse pela apresentação de Roberto Justus que dispensa comentários, existe em todos nós uma necessidade meio que exagerada de sermos testados.

Como eu disse, do início ao fim, nosso cérebro vai trabalhando e quase no final já estamos no clima, respondendo antes mesmo do candidato ao prêmio. Vale a pena conferir, hoje às 22.30 hs no SBT.

Espero que nenhum telefonema, nenhuma campainha de porta, nenhum outro fato inusitado me faça deixar de assistir.

Ah! ia me esquecendo - o nome do programa é UM CONTRA CEM.

Fonte da imagem: itvibopedatv.wordpress.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

E assim é a vida...



Judith vinha caminhando lentamente pela rua movimentada. No rosto, uma expressão de cansaço, de quem tinha lutado o dia inteiro e sabia que ainda até o cair da noite, teria muitas coisas a fazer. Sabia que os três filhos a esperavam para o jantar, sabia que a casa, como sempre, necessitaria de uma organizada e que ainda teria que estender no varal as roupas que o marido, antes de sair para o trabalho - pois o seu turno era noturno - havia colocado na máquina de lavar.

As pessoas passavam por Judith e estranhavam sua calma aparente, visto que todas naquele percurso, corriam praticamente. Tinham ânsia de chegar ao local para onde iam. Fosse sua própria casa ou algum outro lugar. Mas Judith não. Caminhava sem pressa, com o olhar fixo no vazio. Passava diariamente por aquele local e era, a essa altura, uma autômata. Na sua mente revivia a vida vivida até ali. Quantos sonhos havia deixado para trás quando escolheu para seu marido, o Gilberto. Gostava de sua alegria, de sua forma carinhosa de ver a vida, de seu sentimentalismo em excesso. Lembrava do dia em que ele às três da manhã, quando retornava do trabalho, trazia nos braços um cãozinho faminto, encontrado na esquina de casa, choramingando. Lembrava de sua felicidade extasiante no nascimento dos filhos, de suas promessas aos mesmos pelo vidro do berçário de que a eles, nada faltaria, tivesse ele que morrer por cada um.

Lembrava de como os anos, agora já dez passados, foram exterminando de sua personalidade com as dificuldades diárias, aquele sorriso aberto, aquela confiança no amanhã, aquela certeza de que tudo seria melhor no dia seguinte.

Lembrava de quantas vezes nesses anos todos, o encontrou chorando escondido no banheiro, vendo-a partir para a batalha da sobrevivência. Por mais que Judith tentasse mostrar-lhe que não era sacrifício partilhar com ele a criação dos filhos, Gilberto não se convencia de sua obrigação em fazê-lo sozinho, pelo menos no terreno financeiro.

E assim vinha Judith pela rua, pensando, pensando.... De repente viu diante dos olhos o Joaquim, seu primeiro amor, um sonho de criança. Ele não estava ali e ela sequer sabia como se lembrou dele naquela hora, mas sentiu aos quarenta anos, com todo o fervor, o sangue percorrer-lhe as entranhas, quente e rápido, como a proclamar a vida!

Fonte da imagem: espelhoconsciente.blogspot.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Agenda cheia...



Esta semana está cheia de compromissos - compras do mês, compras dos doces do Dia das crianças - idas prolongadas ao dentista - ida a laboratório para exames de rotina...

Ao olhar a agenda da semana neste início de dia, fico com a mente meio tumultuada. Não gosto de distribuir vários compromissos numa semana apenas. Sou daquelas que a cada dia, o seu tributo. Mas o que fazer ?

Com certeza, não fui eu que os marquei... Apenas se encontraram aqui, nesta semana.

No entanto, o compromisso mais feliz será a compra dos doces do dia das crianças. Já cedo, recorro a agenda do ano passado para checar como foram os preparativos e a qualidade dos doces. Decido que apesar de terem sido muito bons, quero outro local para a compra.

De imediato vou para a Internet e saboreio, em cada site, aquelas preciosidades embrulhadas em papel celofane colorido. Imagino os vários tipos de doces dentro do saco de tamanho maior e acomodo-os em pensamento, da forma mais especial, com o pirulito multicor parecendo uma rosa brotando do saco. Robusto, ele deve abrigar umas onze espécies de tamanho grande. Incluo na lista de compras, caixas grandes de papelão para colocá-los, visto que não poderão ser amassados, senão perderão a graça e a beleza.

Já me vejo depois do jantar, separando e enchendo os sacos. Vou nesse ritual, antecipando minha emoção e minha grande alegria nessa tarefa. Aí, sinto-me de novo criança. Aí, vou repondo em meu íntimo, essa festa, como eu queria que tivesse sido, no meu tempo de criança e que por força das impossibilidades, não aconteceu.

Fonte da imagem: elise-saladamista.blogspot.com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O poeta e eu


Fico aqui pensando que a sensibilidade de um poeta é por demais avassaladora. E olhem que por experiência própria, posso afirmar que essa sensibilidade vai às raias do inexplicável.

Em todos os campos, em todas as matérias, em todas as situações de vida, são intensos por demais em sua análise.

Parece que querem extrair da vida sua forma humana e pintar de acordo com os seus olhos de mel o que há ao redor, ao seu bel-prazer.

Acompanhar um poeta nessa trajetória é, com certeza, uma viagem a um caminho sem volta, onde em certos momentos procuramos uma parte de nós e não a encontramos.

Aqueles que não vêm para a vida com esse dom, vêem a vida com mais simplicidade, acreditam no que vêem, sejam coisas boas ou más. Mas o poeta não, quer ver rosa no cinza e sofre.

Quer a sua volta seres especiais, sem quaisquer erros, como se pudéssemos extrair do ser humano hábitos corriqueiros e sutis.

Planejam, como numa escrita, sua própria palavra, fazem do seu caminhar algo surpreendente como o verso que compõem em cada ato de vida.

Penso que talvez num balanço diário, apesar de tudo, ainda sofram muito menos que nós, pobres mortais que, mesmo se atropelando, vão organizando a vida, às vezes mais preta do que azul.