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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Adeus...


Descobri ainda há pouco que ele me abandonou para sempre.Acompanhou-me por seis longos anos, fiel a mim e eu a ele, já que o elegi como meu predileto.Há uns dois anos atrás, na tentativa de se mostrar cansado de me servir em tanto puxa e ajeita, exibia um “furinho” aqui, outro acolá e eu não me intimidava em usar “minhas mãos de fada” para resolver o problema.Se minhas medidas mudavam em função do sobrepeso, lá ia eu e aplicava-lhe um extensor como adereço, ao que o coitado reclamava esgarçando o próprio tecido, a fim de me provar que não servia mais.Descorou, manchou, desprendeu rendas, colchetes quebrou e, num esforço maior, até a alça de sustentação arrebentou, sem que eu admitisse que sem ele ia ficar.Hoje, não teve jeito. Nada mais há a recuperar.Lá se foi pro lixo o meu soutien.

Fonte da imagem:edepoisdoadeus.blogspot.com

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Paz


Paz é o que eu sinto ao olhar teus olhos,
paz me dá seu sorriso maroto,
paz...é nas pequeninas coisas
ter o sentimento de tudo ter,
por não querer mais que a paz

Fonte da imagem:www.minerva.uevora.pt

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A sonhadora


Olhou-se no espelho com aquela habitual benevolência de quem sempre vê o melhor. Não aceita e não admite o fato de não ser linda. Em sua fértil imaginação, os homens, sem exceção, a desejam como parceira.Antes de sair - o que se dá todos os dias no cair da tarde - experimenta vários trajes e pinta olhos, sobrancelhas e boca, com o esmero de quem tem certeza de que vai atrair olhares e causar inveja. Frente ao espelho, mexe-se e remexe-se de forma a captar seus melhores ângulos. Ensaia sorrisos e modos de olhar para o mendigo, para o padeiro, para a senhora que vende açaí e, repetidamente, vive, na memória, as frases que dirá em resposta aos comentários elogiosos que, segundo acredita, receberá. É e foi assim sempre.Viveu sua alegria crendo ser a mais formosa das mulheres.Hoje, o verão escaldante fez com que escolhesse shorts e uma camiseta cavada; afinal, suas pernas torneadas eram tudo de bom. E, assim, foi ela vestida.Na esquina, um grupo de adolescentes conversavam e riam.Quando passou, um deles, mais atrevido, em resposta ao seu sorriso de poderosa, fez o seguinte comentário:– “Ô tia, na fila da ‘celulite’ você entrou quantas vezes?”A princípio não soube o que responder, quis atinar que não era para ela, mas a primeira coisa que fez, ao voltar para casa, foi se olhar no espelho, apreensiva.O susto e a decepção fizeram cair o véu da sua verdade que há muito lhe cobria os olhos e mostrou-lhe que o tempo havia passado sem que ela percebesse…


Fonte da imagem:alucinai.wordpress.com

terça-feira, 27 de abril de 2010

Minha boneca


Tão pequenina e já dá mostras do que vai ser quando adulta.Assume ares de dengosa idênticos aos das fêmeas que querem agradar os parceiros sempre que sua vontade encontra negativas.Assume sua impaciência quando as brincadeiras de criança alcançam a repetitividade tão desconexa com seu modo de ser.Assume sua mágoa e desapontamento se alguém eleva um pouquinho que seja o tom de voz quando a ela se dirige, e cobra o porque do maltrato imediatamente.Tão pequenina e repete tantos atos quando os fatos não condizem com o que lá, em outras vidas, aprendeu…

Fonte da imagem:obrinquedo.no.sapo.pt

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nada


Nada esperei da vida,
Nada quis, nada pedi,
O medo de ser abduzida
Fez com que eu fizesse assim…
Se tive pouco, não reparei,
Ou melhor, vi sempre mais…
Se me deram um limão,
Fiz suco, tortas e outras coisas frugais.
Se vi quase nada ao redor,
Por dentro, viajei o mundo,
Tudo me pareceu igual
E escolhi ser vagabundo…
Se o amor custei a achar,
Dei muitas razões para o fato,
Acreditei no tempo a passar
E entrei no terceiro ato…
A ordem natural das coisas
Não segui, não persegui,
Vi no contrário a forma exata
De melhor me conduzir…
Se minha mão não alcança,
Creio que é melhor voltar,
Escolher o que se pode
É nunca se atrapalhar…
Mas apesar de, sempre,
Não comprar briga, esconder-me…
Vejo que não adianta…
O bom ou o ruim são meus.
Fonte da imagem:horatardia.blogspot.com

domingo, 25 de abril de 2010

A vizinha que ninguém merece


Como posso descrever você?Louca? Fofoqueira? Despeitada?Não sei… Talvez sim, talvez não…Louca, você me parece, quando começa do nada e cheia de caras e bocas, a me descrever, diante de mim, como uma pessoa elegante, bonita, bem formada, educadíssima… Sei que assim sou, mas sei também que nunca lhe dei oportunidade para me conhecer a fundo. Enquanto você fala, vou me olhando exatamente como estou – cabelos em desalinho, trajes simples, unhas dos pés, por fazer, apesar de calçados com sandálias de dedo – e penso que você olha para mim e vê ou a Angelina Jolie ou a Lya Luft…Fofoqueira você me parece quando tenta, sempre que me vê, citar um fato ou outro desabonador da pessoa com quem me viu conversando naquela semana. Foi assim com a mãe dos gêmeos, foi assim com a velhinha do 314, foi assim com o porteiro que elogiou o bolo que eu fiz…Despeitada você me parece quando, sem mais nem porquê, diz que meu apartamento, onde você esteve, na sala, e em uma única vez, é mostra de decoração, digno de figurar nas revistas e de ser fotografado pelo Rio Decor.Já não me surpreendo com seus comentários elogiosos a meu respeito. Vejo neles um misto de loucura e despeito. Sequer ensaio um pequenino obrigada.Fico refletindo se sou eu, com minha pose de melhor do mundo e com meu nariz empinado, que faço com que você seja assim.

Fonte da imagem: www.verbeat.org

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desejos


Não busco em você bens materiais, prazeres mundanos, coisas palpáveis.Quero manter na mente e vivenciar, pra todo o sempre, esse brilho no olhar quando me olha, esse sorriso de canto que, ao contemplar-me, promete carícias sem fim…Quero sempre tuas mãos cheias, enormes, para percorrer meu corpo, para esquentar minha pele, para fazer-me feliz!

Fonte da imagem:www.soninhapoesias.hpg.ig.com.br

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Delícia


Já há algum tempo não visito esse supermercado. E hoje estou aqui novamente.Embora a maioria das pessoas não goste dessa prática, sempre me deliciei percorrendo os corredores de alimentos. Acho que esse gosto remonta à minha infância, quando não tinha condições, nem dinheiro, para apreciar coisas que fugissem ao feijão com arroz.Ao adentrar a porta principal, sinto a mesma sensação de quando vou a Paris, aguça-me a curiosidade de conhecer produtos novos.Sigo sempre o mesmo ritual.Percorro todas as gôndolas como se não soubesse o que quero comprar.Vou do início ao fim, com os olhos espertos, como os do detetive na expectativa do fato inédito.Viajo em satisfação, por pelo menos, umas duas horas.Sigo pelos corredores com a mesma paciência daquele que procura um defeito mínimo numa peça de valor.Saboreio os aromas e gostos das mercadorias.Até a bancada dos peixes, com seu odor desagradável, assume para mim um visual delicioso.A arrumação dada pelo balconista e as crostas de gelo do balcão formam barrancos idênticos a um mar de ondas, onde as variadas espécies nos sugerem os mais deliciosos pratos.E o corredor dos pães artesanais? Esse, então, me faz sentir dona do mundo. Fico pensando em como alguém, com as próprias mãos, pode desenhar formas, recheá-las com doces ou salgados, amassá-las ou acarinhá-las até adquirirem o ponto ideal e, por fim, transformá-las em gostosos quadrados ou círculos açucarados?Parece que tudo posso quando vejo a gôndola dos temperos. Aí, sim, minha imaginação atinge os píncaros do imaginável. Desenho na mente misturas e mais misturas e, pacientemente, penso e decido qual será o prato do dia.Já decorridas mais de duas horas nesse passeio, pego um carrinho e vou enchendo-o ao meu bel prazer.As filas nos caixas, nessa altura, já exibem quinze ou mais pessoas na minha frente, mas nem a expectativa da demora me impede de deliciar-me com as compras.Sou só eu e o meu carrinho, repleto nas minhas possibilidades e prometendo, com suas iguarias, novas horas de satisfação junto ao fogão de casa…
Fonte da imagem:zegeraldo.free.fr

terça-feira, 20 de abril de 2010

Amor


Ouço sua voz. A princípio ela vem mansa, como a concebo para mim.Quando se aproxima, seus olhos são doces e ternos, a invadir minha alma, exatamente como espero que devam ser todas as vezes que me olhar.Suas mãos, na minha direção, ensaiam e dançam no ar até pousarem por sobre as minhas, com a suavidade dos gestos dos amantes, como eu quero que sejam para mim.Seus carinhos impetuosos têm o tamanho exato e a força transformadora do meu ser, como eu desejo que seja para mim.Seu descanso junto ao meu, bem paralelo, confirma, em câmera lenta, dessa forma, a existência e o egoísmo do amor.


Fonte da imagem:umarose.wordpress.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Abandono


Hoje acordei indolente… Quero ficar no abandono da minha vontade. Vontade de nada ver, vontade de nada fazer, vontade de nada sentir… Quero ficar no abandono dos próprios pensamentos vagando pelas paredes da casa, buscando, aqui e ali, razões para esse momento. Esse momento de abandono que começa com o pouso cauteloso das pernas no colchão, com o despejar do corpo ali, relutante em ficar, com a colocação irregular dos braços, tal qual dois pássaros em desalinho no ar… Quero ficar assim, no abandono… à espera de qualquer comando que seja só meu, sem a interferência das risadas das crianças no playground, sem a interferência dos odores de comidas sendo preparadas que se misturam aos perfumes dos sabonetes e entram pela minha janela sem pedir licença… Quero ficar assim no abandono, sem a intromissão dos acordes de músicas que não quero ouvir e, sobretudo, sem a interferência dos seus carinhos na minha vontade de ficar assim, abandonada.
Fonte da imagem:www.alemdoarcoiris.com

domingo, 18 de abril de 2010

Auras entrelaçadas


Somos dois seres vindos ao mundo em tempos diferentes. Eu, já em idade avançada, ela iniciando o caminho, com três anos, apenas. Algo em nossas almas diz do conhecimento de outrora. Ao encontrar-me ela me reconhece e, se a ignoro, cobra minha presença e exige que minha voz solta no ar lhe prenda a atenção. Gosto de surpreendê-la com questões que desconhece para vê-la falar do que já sei. Às vezes, ela mesma não compreende essa atração e finge querer me excluir. Aceito sua vontade, mas ela não resiste e em poucos minutos lá está a me procurar, como que para preencher o pedaço de sua alma ainda vazio e carente. Os olhos e sorrisos são de almas iguais no mesmo espaço e tanto eu como ela temos a certeza de que, entrelaçadas, nossas auras por muito tempo ainda viverão.
Fonte da imagem: www.1lovespirit.com

sábado, 17 de abril de 2010

O exibicionismo, hoje tão presente em todas as atividades


Meu novo "point" duas vezes por semana, é uma grande Academia de Ginástica.
Ali, às terças e quintas, durante uma hora, observo o comportamento humano.
Não estou ali para me exercitar, embora confesso, até precisasse fazê-lo, mas sim, para levar minha sobrinha a aula de ginástica artística.
Naquele imenso salão, grandes áreas acolchoadas, delimitam espaços reservados para ginástica artística e ginástica olímpica. Camas elásticas, cavalos, barras e cordas suspensas, decoram o ambiente e se prestam para várias atividades, com o fim de treinar as crianças de três a quatorze anos para competições ou iniciá-las num esporte saudável para suas vidas, onde aprenderão disciplina, educação, auto-controle e, sobretudo, a exercitar o corpo.
Meu "point" é a Academia mais cara do shopping e, de cara, percebe-se que os frequentadores tem hábitos dignos daqueles que não precisam se preocupar com dinheiro. Vê-se que as mamães que ali aguardam por seus filhos, portam celulares de última geração, e trazem em mãos chaves de veículos sofisticados. Desde seus trajes, até sua forma de falar, primam pela exibição.
Nas minhas divagações, fico buscando explicações para essas posturas, mesmo hoje, quando as várias formas de financiamento, aproximam ricos de pobres nos seus gostos de consumo.
Prosseguindo nas minhas costumeiras observações - mal de psicólogo -, atenho-me às crianças.
O comportamento é o mesmo em todas, ou em quase todas. Na aula de ginástica olímpica, as crianças de três ou quatro anos, mas parecem mini-moças, com seus corpinhos de barbie, completamente delineados, talvez um desejo das próprias mães para si mesmas. Em todas, sem exceção, o exibicionismo é a palavra de lei. No falar ou nos trejeitos, deixam claro, sua prepotência, tão grande, em seres tão pequeninos. Outra palavra de lei é competição.
Detenho-me agora a uma das professoras de ginástica olímpica - uma menina de uns vinte anos que, com certeza, ainda não sabe nem o que é vida -que, ali, graças a força que lhe dão, reina absoluta , naquilo que julga ser primordial para aquele tipo de ensino.
Um dos princípios do esporte é propiciar o auto-controle, o equilíbrio, a educação, etc... mas, a professora com seus gritos histéricos, amedronta as crianças e irrita-as ainda mais, desenvolvendo desejos de vingança contra os equipamentos e contra ela mesma, a quem em alguns momentos até desafiam sob o olhar inerte das mães na platéia.
Dali da assistência e percebendo as mães imóveis ou com máquinas digitais em punho, a registrar momentos que, com certeza serão exibidos em casa para pais ou avós, revolto-me internamente com a sua impotência diante de tanta aberração.
Atenho-me ao espaço onde minha sobrinha está recebendo aula e fico ali de fora, pronta, para o ataque. Graças a Deus, o pai a colocou num esporte mais suave, embora exigindo força e sua professora já tenha alguns anos de estrada o que, com certeza, já a fez corrigir esse grande mal da humanidade, o exibicionismo.
Fonte da imagem: programabemviver.blogspot.com

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A ocasião especial de Joana


Joana era uma garota de dezessete anos de idade. Tinha pele morena e grandes olhos castanhos amendoados. Era de uma família de classe média, composta por ela, pai, mãe e tres irmãos menores.
Tudo, materialmente, era difícil naquela família. Coisas inesperadas como ter que mudar de residência a cada seis meses, sem razão aparente, aconteciam com frequência. A cada novo gasto, a renda familiar diminuia e impossibilitava Joana de possuir alguns apetrechos necessários à sua vaidade de moça. Seus sonhos eram sempre povoados dos seus desejos materiais - roupas novas, bijuterias, sapatos vistos nas vitrines das grandes lojas, etc...
Mas, o que mais prendia sua atenção naquela época, era uma camisola rendada, composta com um robe branco de cetim. Ali, dentro daquela vestimenta, Joana se imaginava como uma estrela famosa das telas de cinema. Falava desse seu desejo para todo mundo, inclusive para sua mãe que, costureira que era, estava disposta até a confeccionar um para Joana. De pronto, ela sempre negava, certa de que sua mãe não iria alcançar, na plenitude, o conjunto tal qual imaginava.
Um dia, um telefonema anunciou a chegada em sua casa de uma parenta mais abastada da família da mãe. Questionada sobre com o que poderia presentear seus filhos, a mãe nem pestanejou e repetiu à prima, com pingos e letras, o desejo de Joana.
O dia da visita se apresentou e Joana não cabia em si de contentamento, quando abriu o presente e inexplicavelmente constatou que fazia jus ao seu sonho de tanto tempo.
Aquela caixa enorme foi reverenciada, sem sequer ser aberta, por três longos anos, buscando uma ocasião especial até a data do seu casamento, escolhida para a estréia do presente.
Qual não foi a surpresa de Joana ao experimentar a camisola e perceber que não era tão bonita quanto pensava e que devido a sua mudança de corpo, apertava demais na altura do rendado.
Joana então lamentou não ter dado vazão ao seu sonho e estreado a camisola e o robe no dia em que ganhou.

Aprendeu que se assim tivesse feito, por certo teria vívida em sua memória a lembrança de um momento realmente especial.

"Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial. "

Essa citação de Regina Brett (90 anos) me lembra essa história ocorrida com uma amiga, quando ainda éramos adolescentes.


Fonte da imagem:
aliceprina.wordpress.com

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mãos


No século XV, numa pequena aldeia perto de Nuremberga, vivia a família Durer com vários filhos.
Para ter pão na mesa para todos, o pai trabalhava cerca de18 horas diárias nas minas de carvão,
e em qualquer outra coisa que se apresentasse.
Dois dos seus filhos tinham um sonho:
Serem pintores
Mas sabiam que o pai jamais poderia mandar algum deles para a Academia de Pintura.
Depois de muitas noites de conversas e troca de ideias, os dois irmãos chegaram a um acordo.
Atirariam uma moeda ao ar e o que perdesse trabalharia nas minas para pagar os estudos ao que ganhasse. Quando terminasse o curso, o vencedor pagaria os estudos ao outro com a venda de suas obras. Assim, os dois irmãos poderiam ser artistas.
Lançaram a moeda ao ar num domingo
ao sair da Igreja.
Quis a sorte que fosse Albrecht a ganhar e
assim foi estudar pintura em Nuremberga.
O outro irmão, Albert, começou o perigoso trabalho nas minas, onde permaneceu nos quatro anos seguintes para pagar os estudos de Albrecht, que desde a primeira hora fez sensação na Academia.
As gravuras de Albrecht, os seus entalhados e os seus óleos chegaram a ser muito melhores que os de muitos dos seus professores. Quando se formou, já ganhava consideráveis somas com a venda das suas obras.
Quando o jovem artista regressou à sua aldeia, a família Dürer reuniu-se para uma ceia festiva em sua homenagem.
Ao finalizar a memorável festa, Albrecht levantou-se e propôs um brinde ao seu irmão Albert que tanto se
havia sacrificado, trabalhando nas minas para que o seu sonho de estudar se tornasse realidade.
E disse: "Agora, meu irmão, chegou a tua vez.
Agora podes ir para Nuremberga e realizar os teus sonhos, que eu me encarregarei de todos os teus gastos".
Todos os olhos se voltaram, cheios de expectativa, para Albert. Este, com o rosto lavado em lágrimas, levantou-se e disse suavemente:
"Não irmão, não posso ir para Nuremberga.
É muito tarde para mim.
Estes quatro anos de trabalho nas minas destruíram-me as mãos.
Cada osso dos meus dedos já partiu pelo menos uma vez, e a artrite da minha mão direita tem avançado tanto que até tenho dificuldade em levantar o copo para o teu brinde.
Não poderia trabalhar com delicadas linhas, com o compasso ou com o pergaminho e não poderia manejar a pena nem o pincel. Não irmão, para mim já é tarde.
Mas estou feliz por as minhas mãos disformes terem servido para que as tuas agora tenham cumprido o seu sonho".
Mais de 450 anos decorreram desde esse dia.
Hoje as gravuras, óleos, aguarelas, entalhes e demais obras de Albrecht Dürer podem ser vistos em muitos museus de todo o mundo.
Mas seguramente vocês, como a maioria das pessoas, só se recordam de uma obra.
Talvez alguns tenham até uma reproduçao em casa.
Para render homenagem ao sacrifício de seu irmão, Albrecht Dürer desenhou as mãos maltratadas de seu irmão, com as palmas unidas e os dedos apontando ao céu.
Chamou a esta poderosa obra simplesmente "Mãos", mas o mundo inteiro abriu de imediato o coração à sua obra de arte e alterou o nome da obra para:
"Mãos que oram".
Na próxima vez em que vires uma cópia desta obra, olha-a bem.
E, oxalá te sirva, para que, quando te sentires demasiado orgulhoso do que fazes, e muito seguro de ti mesmo,
recordes que na vida
¡ ninguém nunca triunfa sòzinho!


Dürer,
Nacionalidade: Alemã
Nuremberg (1471) - (1528)
Estilo: Pintura Flamenga

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lições de vida, por Regina Brett (90 anos)


45 LIÇÕES QUE A VIDA ME ENSINOU

“Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais requisitada que eu escrevi.
Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então aqui está a coluna mais uma vez:
1.A vida não é justa, mas ainda é boa...
2.Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3.A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4.Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão.
Mantenha contato.
5.Pague suas faturas de cartão de crédito todo o mês.
6.Você não tem que vencer todo o argumento.
Concorde para discordar.
7.Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8.Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9.Poupe para a aposentadoria começando com o seu primeiro salário.
10.Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11.Sele a paz com seu passado para que ele não estrague o seu presente.
12.Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13.Não compare a sua vida com a dos outros.Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14.Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15.Tudo pode mudar num piscar de olhos: não se preocupe, Deus nunca pisca.
16.Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17.Se desfaça de tudo o que não é útil, bonito e prazeiroso.
18.O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19.Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20.Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21.Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22.Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré...
23.Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24.O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25.Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26.Encare cada “chamado desastre” com essas palavras: Em cinco anos vai importar?
27.Sempre escolha a vida.
28.Perdoe tudo de todos.
29.O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30.O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31.Independentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32.Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33.Acredite em milagres.
34.Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo que você fez ou deixou de fazer.
35.Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36.Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem.
37.Seus filhos só tem uma infância.
38.Tudo o que realmente importa no final é que você amou.
39.Vá para a rua todos os dias. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40.Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo o mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41.Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42.O melhor está por vir.
43.Não importa como você se sinta, levante, se vista, e apareça.
44.Produza.
45.A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente!!!”

Escrito por Regina Brett, 90 anos...

Fonte da imagem:i-deia.blogspot.com


terça-feira, 13 de abril de 2010

Sobre a Vírgula


Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Fonte da imagem:uniblog.com.br

domingo, 11 de abril de 2010

Vídeos

Visitem o blog http://minhavidaemvdeo.blogspot.com/

Entrou uma série de vídeos novos !

sábado, 10 de abril de 2010

As árvores



Uma grande amiga me mandou esse poema de Olavo Bilac que, divido com vocês:

"Olha estas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas, quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!"
Fonte da imagem: poetaporkedeusker

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Outro tipo de mulher nua...



Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, basta uns retoquezinhos, aqui e ali. Nunca vi tanta mulher nua.
Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Dá uma grana boa.
E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?
Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos.
Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade... emocionalmente.
Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.
Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos.
Aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana.
Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.
Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que esperava-se com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo
- pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo.
Mas agora não há mais charme nem suspense, estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência. Escadas servem para descer também.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior.
Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor.
Autoria: Martha Medeiros


Fonte da imagem: liboacity.olx.pt

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Coisas que aprendi

Ontem encontrei na Internet esse primor que nos mostra a simplicidade da educação de outrora.
Não será essa forma de educar que está faltando aos jovens de hoje?
Deixo aqui o julgamento e a reflexão para meus amigos blogueiros.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A influência do temporal na vida de Janice


Janice não estava acostumada a paradas na vida. Acordava frenética e conseguia ao mesmo tempo, preparar o café, acordar os filhos e dar instruções a empregada.
Ontem, ao ligar a TV, coisa que já fazia automaticamente ao levantar, assustou-se com as instruções dos órgãos governamentais, para que não saisse de casa, devido ao caos provocado pelo temporal da noite anterior.
Aí se deu conta de que Marinete, sua auxiliar, estava atrasada há quinze minutos. Ato contínuo, ouviu sobre a paralisação das instituições de ensino e mais alarmada ficou. Se as crianças não podiam ir para a escola e se Marinete não chegava, como poderia ir trabalhar? Essa questão afigurou-se mais difícil que o relatório financeiro complicado apresentado em reuniões de cúpula na Empresa em que era contratada.
Pensou em deixar as crianças na casa do pai, mas as tentativas de encontrá-lo foram vãs. Mais tarde, uma ligação dizia que ele tinha permanecido na Empresa, por dificuldade de locomoção na noite anterior.
Acercou-se da TV e a cada notícia, sua expressão ia se modificando, sem saber o que fazer.
Aquele era exatamente o dia em que o projeto trabalhado durante dois meses seria apresentado para sua Diretoria, o que poderia lhe render a tão esperada promoção. Orgulhava-se do resultado final.
A voz de um dos filhos chamou sua atenção quando perguntava sobre o pão com geléia.
Janice tinha que admitir. Estava diante de um problema enorme.
Outra ligação informava que Marinete não havia conseguido sair de casa e que ainda por cima, a chuva havia destruido todo o quartinho dos fundos, impossibilitando-a de ir trabalhar no dia seguinte.
Janice quase arrancou os cabelos, embora tenha sentido um aperto no peito com o infortúnio de Marinete.
De repente, reuniu forças, como se precisasse arranjar saidas para o mais crucial dos problemas e apenas decidiu ficar diante da TV e acompanhar o desenrolar da tragédia causada a muitos pelo forte temporal que assolou a Cidade.
Fonte da imagem: fotos.limao.com.br

domingo, 4 de abril de 2010

FELIZ PÁSCOA!


Hoje, comemora-se a Páscoa... Significa a Ressureição de Cristo, para os cristãos e como uma festa móvel, todos no mundo inteiro, se reunem e vão à Igrejas orar e clamar por renovação da vida.
Como costume no Brasil, distribuem-se ovos de chocolate e no almoço está sempre presente a famosa bacalhoada.
Para mim, essa festa sempre teve um lugar especial, haja vista que numa família sempre povoada por muitas crianças, a busca de ovos escondidos em lugares estratégicos, para que fossem encontrados pelos pequenos, enchia a casa de alegria.
As famílias de todos os irmãos se reuniam na casa de nossa mãe para o grande almoço, onde bacalhau, empadões e sobremesas divinas trazem a mim aquele gostinho de felicidade.
Hoje, já não nos reunimos como antes, com ela, nossa mãe, presente, mas a lembrança dos momentos felizes, sempre fará parte de minha vida.
A todos os amigos desse blog, desejo uma Linda PÁSCOA !
Fonte da imagem: escolaexata.com.br

sábado, 3 de abril de 2010

Chuva


Estamos em janeiro, mas chove. Chove muito. Parece que o tempo, o clima, não se compraz em fazer feliz aqueles que escolhem esse período para o divertimento.Como se deliciar na piscina com esse friozinho?Como correr em volta do prédio e sentir o suor do esforço escorrendo pelo rosto?Como vestir o traje branco, sumário, combinando com a sandália da moda e sair a passear até o restaurante próximo?Como escorregar os pés na areia branca, seca e quente da praia?Parece que todos os prazeres esperados o ano inteiro têm que se internar em si mesmos e ficar à espera.O céu, sei lá o quê, ainda brinca de esconde-esconde e lança modestos raios de sol e claridade em meio à chuva fina, de quinze em quinze minutos.Na ânsia de que o tempo se firme, sem crer nos prognósticos da meteorologia que anuncia mais chuva, os mais crédulos desenham “sóis” gigantescos no chão e nada…Já lá se vai mais da metade das férias e vamos nós, guardando para o próximo ano, tudo o que nos prometemos curtir em janeiro.Diante disso, só temos uma única certeza: o primeiro dia de volta às aulas ou ao trabalho, no retorno das férias, será de sol escaldante!
Fonte da imagem: apenasumolhar.blogs.sapo.pt

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ah! 0 apagão!


Ontem, às 22.00 horas preparamos o quarto para fugir do calor. Como de hábito, ligamos o ar-condicionado e da sala, esperávamos o tempo hábil para a refrigeração, quando após apenas quinze minutos da meia hora que deveríamos aguardar, veio o apagão!Apressamo-nos a correr para desconectar todas as tomadas, antes que a volta repentina da luz, estourasse os equipamentos elétricos. Após esse feito, ficamos no aguardo do retorno da energia elétrica que, não fossem as notícias da rádio CBN,pelo rádio de pilhas, não saberíamos que não voltaria tão logo.O fato por si só, já mandou pra' bem longe o meu sono, antes já instalado. Tenho perfeito horror a escuro. Sou daquelas que mesmo estando no vigésimo sono, se a lâmpada da cabeceira se apagar, acordo de pronto. Como tudo nessa hora acontece, as pilhas da lanterna tão pouco usada, não funcionaram e recorremos as "velas". Quatro grupos de castiçais queimavam as únicas velas restantes, coisa que durou mais de seis horas.Por mais de duas horas, o ar fresco na varanda permitiu que ficássemos repousando ao aguardo. Passado esse tempo, resolvemos entrar e tentar dormir. Meu marido logrou êxito, mas eu, como já esperava, não. Tenho pavor de velas acesas dentro de casa e com isso, fiquei imóvel ao seu lado, com o cuidado de não acordá-lo com minhas reviravoltas na cama.Eis que exatamente à uma e vinte da manhã, horário marcado no meu celular, a secretária eletrônica soltou um grito de "no message" que me arrepiou inteira . Recuperei-me e decidi apagar as luzes da cozinha e banheiros que ficaram acesas não sei porquê e ligar a geladeira.Tão logo conclui meu feito, sem qualquer aviso tudo se apagou de novo, me deixando em pânico naquele breu e sem velas na mão. Foi um percurso interminável da cozinha ao quarto e achando a cama, deitei-me de novo, quando lembrei que teria que voltar para, novamente, desligar a geladeira. Rezei, me benzi e lá fui eu. Já mais calma, retornei ao quarto, deitei-me e ali fiquei até às três e quinze da manhã, quando voltou a luz. Claro que aguardei uns quinze minutos para religar a geladeira...Lembro que só consegui concatenar o sono por volta das quatro e meia da manhã.E hoje, só se fala nisso e os incompetentes a quem estamos entregues estão tentando discutir o que houve. Só no Brasil !

Fonte da imagem: alerta.inf.br