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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vai, ano velho!


2010 está indo embora...
Alguns dirão graças a Deus! Que vá rápido e leve com ele mágoas, decepções, tristezas, fracassos e energia ruim.
Outros se sentirão tristes e até o último momento, reviverão as alegrias e a boa energia que viveram em 2010.
Na realidade, todos nós vivemos durante o ano coisas alegres ou ruins.
Na nossa agenda sempre figurarão os fracassos e os sucessos.
Por isso, vamos hoje, com as nossas simpatias de praxe feitas à meia-noite, pedir a Deus que nos dê sabedoria e amadurecimento para viver todos os momentos. Os bons e os maus. Os alegres e os tristes.
Só a tranquilidade e a aceitação fará de nós pessoas mais felizes em 2011.
A todos os amigos deste blog, amigos que durante todo o ano estiveram aqui presentes com suas palavras sábias e bondosas, desejo um 2011 de muita paz.
Feliz Ano Novo!
(Adir Vieira - 31/12/10)
Fonte da imagem: imagensporfavor.com

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vem aí o Ano Novo!


Mais um ano em nossas vidas!
2011 está batendo à nossa porta e antes que ele entre, precisamos preparar nosso ambiente com as flores da paz.
Não gosto de anos pares. Acho que não sou supersticiosa, mas fico sempre de pé atrás, quando o ano é par. E para constatar essa minha verdade, verifico que sempre num ano par as turbulências acontecem. Graças a Deus, como tudo nessa vida, eles vem e vão.
Mas 2011 se aproxima. E nossos corações se enchem de esperança. É comum nessa última semana do ano a gente estar mais atenta ao que ocorreu no ano em que ainda estamos, para modificarmos atitudes e preparar a casa com cores alegres e muitas frutas na fruteira.
É comum pensarmos nos projetos futuros. Se não podem ser grandes, que sejam os possíveis, mas que não deixemos de pensá-los.
É bom que façamos uma lista enorme de coisas a construir para que nosso tempo inteirinho seja tomado, não deixando o óscio formigar pensamentos ruins e destruir nossos sonhos.
É bom que junto com 2011 venha no seu rastro muito amor nos corações.
Vamos torcer para que isso realmente ocorra em nós!
(Adir Vieira - 28/12/10)
Fonte da imagem:minirecados.com

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um presente divino


Ontem, recebi mais um presente de Natal.
Um verdadeiro mimo.
Uma caixinha de madeira revestida com tinta branca, cuidadosamente aplicada, dando a impressão de que a própria madeira nasceu branca. Um floral de cor preta, em decalque, também parecendo fazer parte da madeira, ornava a tampa. Uma peça delicada e feita por uma verdadeira artista, tornou aquele presente mais especial ainda. Escolhi colocá-lo bem perto dos meus olhos e pensei deixar dentro dele, as imagens dos meus santinhos em papel(tenho todos os santos do dia) e por isso determinei como seu lugar cativo, a mesinha de cabeceira, meu altar particular. Ali, junto a Jesus, a São José, Nossa Senhora de Fátima e o porta-retrato com a foto de minha mãe, ele ficou perfeito e mais cheio de brilho. Existem presentes que nos calam no fundo da alma e aquele parece que dentro contém o pozinho da paz.
Admiro a criatividade. Admiro aqueles que se utilizam das mãos para construir, seja o que for. Admiro o bom-gosto. Geralmente as pessoas que tem esse dom são pessoas de Deus - tão sentimentais e bondosas que, às vezes precisam colocar atitudes duras e fortes, como anteparo para a sua grande docilidade. Às vezes precisam esconder o amor imenso que têm pelas pessoas, para que esse amor incondicional não fuja da sua personalidade e não se torne banal.
Assim é a pessoa que me presenteou. Uma figura tão forte e ao mesmo tempo tão frágil, que a torna mais admirável aos meus olhos.
(Adir Vieira - 27/12/10)
Fonte da imagem: pitelebrotinho.blogspot.com

domingo, 26 de dezembro de 2010

Olá, amigos...


Como foi o Natal de vocês?
O meu, sem dúvida, foi muito melhor do que eu esperava.
Tive que alterar os itens da minha ceia de sempre, em virtude da doença do meu marido. Fiz pratos mais leves, mas nunca menos saborosos, porque ele merece.
Experimentei fazer uma farofa de peito de peru light, com passas e azeitonas, que ficou divina e ao invés do tradicional bolo de Natal, ornamentei um bolo especial de laranja, sua preferência. Ao invés das carnes pesadas, um chester com abacaxi e ameixas delicioso.
A salada de frutas, com as frutas da época, ficou linda na compoteira.
Não pudemos brindar com vinho, mas o suco de laranjas caiu muito bem com a ceia.
Só não foi possível modificar as rabanadas, pelo menos esse pedido eu tive que atender. Mesmo com o coração na mão ao servi-las, a vontade e o desejo satisfeito, fez com que tudo corresse bem e que ele pudesse comer mais algumas ontem.
Nunca em tantos anos, acho que por causa da sua convalescença, o dia todo foi um entra e sai de parentes para abraçá-lo e amim e trazer presentes.
De surpresa e ausente há mais de um mês, ele recebeu a visita de um dos filhos e foi emocionante vê-los agarrados num abraço de almas. Fico feliz, extremamente feliz, com sua alegria.
Amigos antigos não pararam de ligar e dessa vez, minhas amizades tiveram que esperar para falar comigo. A casa, embora só com nós dois, estava cheia de vida, cheia de esperança, cheia de alegria. Sua voz, nos videos de poesias ecoava no ambiente iluminado pela pequena árvore de Natal.
À meia-noite e meia, já estávamos deitados, gozando do frio proporcionado pelo ar-condicionado, em contraste com o calor escaldante de fora. Nosso abraço e nossos beijos de Feliz Natal, no olho a olho, foi emocionante como nunca e a certeza do nosso amor fez a noite, uma noite de Deus.
(Adir Vieira - 26/12/10)
Fonte da imagem:icicom.up.pt

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!


Amigos e amigas,
Há algum tempo, criei esse blog para soltar minha alma nos momentos em que não basta que eu a ouça, mas em que necessito gritar ao mundo o que me vai no ser.
Tenho-o com o carinho que dedicamos a um filho, pois depois de escrever um texto, minha alma se aquieta.
Sinto grande satisfação quando os amigos, em comentários, me dizem coisas bastante significativas.
Não pensei que pudesse mantê-lo por tanto tempo e me surpreendo ao constatar que guardamos dentro de nós mesmos, emoções que pensamos não ter.
Hoje, véspera do Natal, não poderia deixar de agradecer aos queridos amigos que por aqui passam diariamente, demonstrando sua fidelidade às minhas escritas e me enchem de orgulho com suas palavras carinhosas.
Aqui, fiz grandes amigos. Aprendi a conhecê-los em suas particularidades e gostos, conheci parte de seu encanto pela vida.
Assim, amigos, além do meu grande agradecimento, quero desejar a todos, com muita afeição, um felicíssimo Natal, com muitas e muitas alegrias, paz e saúde.
Muito obrigada.
(Adir Vieira - 24/12/10)
Fonte da imagem:faroefaro.blogspot.com

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vamos preparar a ceia!

Véspera de Natal e os ânimos em polvorosa.
O nosso bichinho interno já nos acorda, lembrando fatos e passagens de outros Natais.
Como num piscar de olhos, ainda na cama, repasso vários e vários deles, com a família reunida.
Lembro do agito geral do dia e do cansaço à noite, para esperar convidados e a ceia.
Lá na casa de minha mãe, foi sempre assim. Lembro que acordávamos muito cedo, para poder dar conta de todos os afazeres. Parecia que éramos uma tropa em serrviço. Uns se encarregavam da casa que precisava, durante todo o dia, ficar arrumadíssima. Um dos irmãos instalava o som no terraço. A outros competia as tarefas na cozinha. Uma das minhas irmãs, vinha cedo para descascar as muitas frutas e preparar a salada. Outra se encarregava de desfiar o bacalhau e de fritar os bolinhos. Mas a feitura dos pratos era obrigação da minha mãe. Ela não deixava que ninguém lhe tirasse o posto. A quantidade era grande, porque lá em casa reuníamos grande parte da família, cerca de trinta pessoas.
Tínhamos hora para colocar a fatiota nova e para aguardar os convidados.
O banheiro naquele momento era concorridíssimo e sempre surgiam discussões a respeito da demora de uns e outros.
Por fim, depois de tanta batalha durante todo o dia, pouca energia sobrava para aproveitar a festa. Mas nos esforçávamos ao máximo para viver aquele dia com muita força. Lembro da energia positiva que nos rodeava e, principalmente, das preces fervorosas que, com grande devoção, fazíamos à meia-noite.
Hoje, busco em mim aquela fé e não a encontro mais. Constato enfim que ela existia por força de tudo e de todos que faziam daquele dia, um dia especial.
Lembro com muita saudade daqueles momentos.
(Adir Vieira - 23/12/10)
Fonte da imagem: conectandobrasileeuropasandragomes.blogspot

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Charlotte


Ontem foi um dia especial.
Conheci Charlotte. Charlotte, bonequinha de porcelana, como uma pinturinha de Renoir.
Mansa, como uma carneirinha após a mamada.
Linda, nas suas carinhas e bocas, nos seus sonhinhos únicos que só ela sabe quais são.
Conheci Charlotte no meu ambiente. Melhor ainda.
Sem a possibilidade de vê-la ao nascer, ela veio a mim, pela bondade da mãe, minha sobrinha querida.
Através dela, a vida se apresenta...
Tão simples, tão certa, tão real...
Melhor foi ver a mãe, tão nova ainda e trazendo dentro de si tanta experiência, tanto carinho, tantos cuidados naturais com seus dois bebês.
Melhor ainda foi constatar ali,nos seus atos, duas formas de viver, ambas amplas e cruciais. A da profissional competente e a da mãe doce e suave certa do passo seguinte.
Ontem foi um dia de Deus.
(Adir Vieira - 22/12/10)
Fonte da imagem:imagensporfavor.com

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Parece que estou vivendo uma olimpíada doméstica. Com sono ou sem sono, todos os dias às seis da manhã, o relógio falante do meu celular me avisa que eu tenho que levantar para medicar meu marido ainda convalescente. Levanto-me feito autômata e ao abrir a porta do quarto o ar abafado dos outros cômodos sem ar-condicionado , parece me esbofetear tamanha a força da diferença de clima.
Corro até a cozinha e tateando, encontro a caixa de remédios, quando um sininho me alerta para ficar esperta e não medicar erradamente a criaturinha que ainda repousa nos braços de Morfeu.
Deito novamente enfim e tento conciliar o sono, mas como, se a tal pilulazinha age como uma bomba-relógio a acordar a mente do meu marido?
E ele fala, fala, fala ...
Decido então iniciar a primeira tarefa do dia, após minha higiene pessoal.
Ao mesmo tempo, ligo cafeteira, microondas e torradeira para propiciar um café quentinho e no ponto. Sinto que ainda estou sonolenta quando a faca corta o pão e meu dedo. Aí lá se vai o café quentinho, porque o sangue jorra e só estanca após o curativo feito analiticamente pelo meu marido.
Enfim, consigo requentar o café, mas ao levar a xícara à boca, o telefone insiste em tocar anunciando que algo importante vem a caminho.
E lá se vai meu café!
(Adir Vieira -21/12/10)
Fonte da imagem:omeusantuario.blogspot.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A segunda-feira ensolarada me chamou para a vida. Vida externa, longe do meu perímetro. Ainda na cama, refrescada com o ar condicionado no ponto mais alto, quase sentindo um frio de inverno, comecei a viajar além da porta do quarto.
Como num sonho, vesti-me com roupas leves e calcei as sandálias brancas preferidas. Ràpidamente, para aquele momento não me fugir, lavei o rosto, escovei dentes, prendi meus cabelos, passei pela cozinha, tomei meio copo de leite gelado.
Saí porta afora, carregando uma bolsa de palha e entrei no primeiro taxi que passou por mim.
Ao perguntar-me sobre o local de destino disse simplesmente praia!
Necessitando de mais detalhes sobre o local, o motorista perguntou se eu preferia a praia da Barra. Aquiesci e em quarenta minutos, eu estava frente a frente com aquele mar maravilhoso, há tanto tempo não mais visitado àquela hora da manhã.
A praia quase deserta, parecia me esperar.
Descalcei as sandálias e caminhei pela areia ainda fria, rumo as primeiras bolsas
d'água. Afundei meus pés até a altura dos joelhos e saboreei aquela energia, tão minha conhecida.
Coisas simples, só nossas e que tão bem nos faz!
Pena que foi só um sonho...
(Adir Vieira - 20/12/10)
Fonte da imagem: av.it.pt

domingo, 19 de dezembro de 2010

Aí vem 2011...

Nesta semana que antecede o Natal as horas diminuem com a consciência coletiva. Não temos mais sessenta minutos a cada hora, mas creio que, no máximo, vinte. Senão, por que não concluimos as tarefas diárias dentro do mesmo tempo? Chego a pensar que o mundo nestas duas últimas semanas do ano, se conectam mais do que habitualmente, amarrando nossos passos para outros afazeres. Enfim, são tantas coisas novas, é de praxe abraçar amigos que não contatamos o ano inteiro, passar horas nas lojas a descobrir presentes para pessoas amigas e familiares, preparar ou conduzir a preparação das ceias de Natal e Ano Novo e tudo, dentro de um pequeníssimo tempo.
Ah! o tempo!
Como seria salutar termos tempo nesse período!
Como seria bom se pudéssemos ter a tranquilidade para revermos nossas atitudes perante o ano anterior, analisar nossas ações, programar o nascimento de uma pessoa melhor para o ano seguinte...
(Adir Vieira - 19/12/10)
Fonte da imagem:coisasdemulher.tv

sábado, 18 de dezembro de 2010

Lembranças da Berenice

Ontem encontrei nos meus guardados, um caderno da minha infância. É um caderno simples, de capa dura, de cor amarelo e com o desenho de uma joaninha na parte frontal. A joaninha parece pintada artesanalmente de tão perfeita.
Nos meus tempos de escola, tínhamos o hábito de ao término das aulas, os amigos passarem um caderno entre si, onde cada um, em cada folha, ia escrevendo uma mensagem de carinho para o dono do caderno.
Já lá se vão mais de cinquenta anos e esse caderno foi do tempo em que eu cursava o terceiro ano ginasial (na minha época a nomenclatura dos cursos era outra).
Resolvi escrever este post para mostrar aos meus amigos blogueiros como é importante assegurar com imagens pela vida afora, as lembranças dos momentos bons.
Hoje, sei porque guardei aquele caderno, mas na época em que o revesti com um plástico e o mantive no fundo de uma gaveta, meu ato foi banal.
Relendo-o, voltaram à memória amigos queridos e suas formas de viver a vida, suas maneiras de se dirigir a mim, etc...
Como a da Berenice, uma menina magrinha de óculos fundo de garrafa e sempre com um sorriso nos lábios. Todas as vezes que ela por mim passava, sorria e dizia: - adir, somar ou diminuir?
Guardem suas memórias fisicamente para poderem apalpá-las em momentos tardios da vida.
(Adir Vieira - 18/12/10)
Fonte da imagem:flickr.com

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aí vem o Natal !



Deus meu! Olhei o calendário hoje e me assustei ao constatar que estamos apenas a oito dias do Natal.
Esse foi um ano atípico para mim, pois novembro passou e eu com os problemas de saúde do meu marido, nem percebi.
Com isso, aqueles preparativos habituais ficaram para trás e me vejo nesses poucos dias com necessidade de correr muito.
Sobretudo esse Natal eu preciso festejar.
Festejar o fato de os atropelos não terem deixado marcas tristes em minha vida.
Festejar, pois devemos agradecer a Deus o amadurecimento que a vida nos impõe com a vivência das coisas perigosas.
Festejar porque a família está aí, nos rodeando com o seu amor e compreensão.
Festejar porque as palavras amigas nos momentos em que vivemos os problemas nunca serão esquecidas.
Festejar enfim, porque estamos vivos.
(Adir Vieira - 17/12/10)
Fonte da imagem:crazyworld-amandita.blogspot.com

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Minha emoção



Hoje acordei emocionada. Emocionada com minha vida, com minha própria emoção.

Vivo hoje preocupada com a saúde do meu marido, vivo espreitando-o sem que ele perceba, vivo perseguindo seus passos como se ele fosse um bebê prestes a começar a caminhar e que necessitasse de mim para ampará-lo.

Vivo achando-o mais bonito, mais forte, mais dócil, mais tudo...

Vivo admirando-o muito mais do que o fiz durante esses anos todos e vivo, sobretudo, valorizando-o muito mais ainda.

Tudo o que ele faz ou diz para mim soa como lei e diferentemente de antes, tendo a obedecê-lo em conceitos que não são meus.

Seu sorriso, suas histórias repetidas tantas vezes, até sua insegurança tão incomum, são peças importantes demais hoje, indispensáveis e primordiais ao meu viver.

Vivo assim, no seu rastro...

Fonte da imagem:palavraaberta.blogspot.com

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Parabéns, meu irmão!

Hoje, é um dia bastante significativo para nossa família. Nosso irmão caçula, estará sendo jubilado, num jantar comemorativo, pelos seus vinte e cinco anos de trabalho, numa grande Indústria desse nosso Brasil.
Lá, ele iniciou seus trabalhos como engenheiro recém-formado e galgou nessa caminhada, todos os postos que sua integridade profissional pode lhe proporcionar.
Volto atrás no tempo e vejo diante de mim, o sorriso de orgulho que minha mãe daria ao ver as fotos do evento, pois com certeza, já velhinha, não poderia estar presente na cerimônia.
Vejo-a diante de mim, relembrando fatos relativos à sua formação, seus apertos, suas alegrias, suas decepções e seus inúmeros sucessos nessa trajetória.
Pena que os pais, figuras imprescindíveis na criação de seres como esse meu irmão - íntegro, sério, responsável, competente, carinhoso à sua maneira, não conseguem quase sempre, vê-los quando atingem a posição maior, quando provam como foram formados, quando provam o que apreenderam com a educação que receberam.
Hoje é um dia bastante importante em nossas vidas. Sobretudo para nós que, mais velhos, pudemos acompanhar os caminhos de crescimento desse nosso irmão.
Hoje para nós é um dia para reverenciar a vitória.
Vitória exclusiva dele, na vivência de seus princípios morais, tão arraigados na sua personalidade.
Parabéns meu irmão! Que durante toda a vida, você esteja cercado de sucesso.
(Adir Vieira - 15/12/10)
Fonte da imagem:dpaformaturas.com.br

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lembrando de minha avó materna

Hoje comemoraríamos o aniversário de minha avó materna. Em 1996 antes de completar seus noventa e seis anos, Deus a levou. Meses antes de morrer, ainda lúcida e fraquinha, ainda a ouvíamos recitar com vigor a Prece de Cáritas e a dizer repetidas vezes que não sabia porque Deus não a queria levar. Alteava a voz firme e dizia a sua idade para quem quisesse ouvir, com o maior orgulho.
Lembro dela, sempre a nos rodear, tinha o hábito de nos visitar pela manhã, quando (morava na mesma rua) saía para as compras e vinha indagar se minha mãe queria algum produto e também à tarde, quando terminava suas tarefas de casa e vinha ficar com os netos e bisnetos. Chegava suspirando, sacudindo as chaves de casa e se dirigia imediatamente para a geladeira para tomar água, dando a impressão de que tinha vindo de uma légua de distância.
Lembro também que quando sua vida financeira se estabilizou, decidiu mudar móveis e pertences. Não tinha a paciência de comprá-los nos grandes magazines e esperar a entrega. Utilizava as pequenas lojas do bairro e fazia com que os entregadores após o pagamento a seguissem com os móveis nas costas e os instalassem em sua casa. Tudo nela era assim – imediato. Imediato, como a sua língua. Verbalizava como ninguém aquilo que pensava a respeito de qualquer coisa, fosse com quem fosse. Direta, sincera, confiante nos seus propósitos.
Não lembro dela me fazendo afagos, mas quanto carinho encerrava em seus comentários sobre nós. Só explicitava seus carinhos com os bebês. Com eles, sim. Tinha-os como troféus, em suas camisolas brancas, compridas e rendadas que, arrumava entre os braços e saía a passear pela vizinhança com o principal intuito de exibi-los. Lembro dela, cantando para niná-los na velha cadeira de balanço, disputada a unha com meu pai.
Nos momentos seguidos de gravidez de minha mãe, era ela o nosso porto seguro e vejo-a, como se fosse hoje, correndo de um lado para o outro, nervosa, entrando e saindo do banheiro várias vezes, a esperar o momento do parto com aflição.
Não lembro dela todos os dias, sinto que às vezes até esqueço de rezar por ela, mas que orgulho sinto em também ser fruto dessa grande semente que gerou minha mãe.
Lembro que se ainda estivesse viva, um mês antes do seu aniversário estaria preparando a festa e falando a respeito , e convidando vizinhos e parentes e conjecturando coisas absolutamente do seu jeito especial. Parabéns, vovó. Esteja onde estiver, tenho certeza de que está com Deus!
(Adir Vieira - 15/12/09)

Fonte da imagem: meujardim2009...


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Voltei ao normal!


Que bom poder olhar meu rosto e ver de novo meus lábios como sempre foram.
Ontem a noite, até que se eu pudesse, teria estacionado a inchação, pois estavam semelhantes aos da Angelina Jolie.
Nada como voltar ao normal, sem sequelas. Depois do que passei, jurei nunca mais comer camarões, sobretudo fora de casa.
Falo que não tive sequelas, mas ontem não pude sair da cama, devido ao efeito cavalar do anti-alérgico. Para um domingo de sol, foi uma sequela considerável.
Enfim, vou tentar recuperar meu domingo nesta segunda-feira.
(Adir Vieira - 13/12/10)
Fonte da imagem:osaldeoes.blogspot.com

domingo, 12 de dezembro de 2010

O efeito do camarão!


Ontem fiquei verdadeiramente assustada.
Almoçava eu num restaurante self-service na Urca, quando após degustar camarões, comecei a sentir meu lábio inferior arder e em questão de segundos crescer, repuxando meu queixo para baixo.
Não quis assustar meu marido que havia escolhido para seu almoço, apenas frango grelhado e batatas e sem que ele percebesse fui ao banheiro para diante de um espelho, tomar ciência do que ocorria comigo.
Minha reação imediata foi de choro, pois meu lábio inferior, tres vezes maior do que seu tamanho normal, pendia para baixo, tal qual os daqueles índios ornados com peças metálicas.
Rapidamente voltei à mesa, escondendo com uma das mãos, aquele desconforto e minha sorte foi que estávamos acompanhados de um casal de amigos que, naquele momento, foi de extrema valia para o meu caso.
Corremos até uma farmácia próxima e tomei um anti-alérgico em dose cavalar e mesmo assim, meus lábios só voltaram ao normal oito horas depois.
A sensação de pânico que tomou conta de mim, por jamais ter sentido coisa sequer parecida, jamais vou esquecer e camarão jamais fará parte do meu cardápio.
(Adir Vieira - 12/12/10)
Fonte da imagem:temperarte.blogger.com.br

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma oração


Êste meu post de hoje é dedicado a uma amiga virtual que conheci ontem, através deste blog.
Ela passa nesse momento por uma situação delicada em sua vida e, segundo parece, que ela acredita sem solução.
O que me chamou a atenção foi sua absoluta crença de que o milagre não chegará.
Não sou a pessoa mais apropriada para lhe dirigir palavras de conforto, apenas observo a vida e tenho inúmeras provas de que milagres acontecem a todo instante em nossas vidas.
Não tenho o hábito de ir com frequência a Igrejas, embora seja católica e creia em Deus com todas as minhas forças, mas vou deixar aqui registrada uma prece,para que ela tenha o conforto preciso nesse momento de sua vida.
A Oração
A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.
Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto clareia o raciocínio, a fim de resolvê-los com segurança.
Não modifica as pessoas difíceis da nossa vida, no entanto ilumina os nossos sentimentos de modo a aceitá-las como são.
Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo nos fortalece para o tratamento preciso.
Não nos imuniza contra a tentação, mas multiplica a força para que evitemos a intromissão.
Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos do mal.
Não nos isenta da incompreensão alheia, porém nos leva à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.
Nem sempre nos evitará os obstáculos e as provações do caminho, mas sempre nos garantirá a tranquilidade, levando-nos a reconhecer que em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.
(Adir Vieira - 10/12/10)
Fonte da imagem:penielro.com.br

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Menina do sonho (Gilberto Gil)


Hoje a menina do sonho não veio me acordar
Quem sabe até tenha vindo e eu não soube sonhar
Quem sabe até tenha tentado me descobrir
Em meio ao sono pesado a dormir, a dormir
Quem sabe até tenha vindo visitar meu sono
E quem sabe era só o abandono da alma dormida na vida
O que havia no fundo de mim pra se ver
Que ela, menina do sonho, ficou comovida
E não fez nada mais que sorrir
Partindo logo em seguida a buscar por aí
Outra morada pro sonho, por ser ela fada
Fadada a viver, com seu corpo no nada
O instante, o espaço, o abraço real da ilusão de existir
Quem terá tido essa noite
O sonhar visitado por ela ou por um querubim
Já que a menina do sonho não veio pra mim?
Fonte da imagem:vivendodesonhos.blogs.sapo.pt

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A linha e o linho (Gilberto Gil)

É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado
A casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
Fonte da imagem:palavrasemdestaque1.blogspot.com

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os idosos e as visitas

Não entendi ainda porque os idosos necessitam tanto de visitas. A princípio, pensava que esse desejo quase incontrolável, vinha do tipo de vida por eles vividas. Se possuem vida reclusa, se não mantém contato com amigos e vizinhos, se não agitam a vida, pensava eu, nada mais normal do que desejar convívio com outras pessoas.
Ao longo da vida, pude perceber que não é esse o motivo pelo qual nossos idosos anseiam visitas com constância.
Lembro de minha avó, aos oitenta e três anos, fagueira, cumprindo seu ritmo de vida diário, da mesma forma. Morava sòzinha e na mesma rua em que eu morava. Fazia questão de não precisar de ninguém e adorava ver seus netos chegando de repente e fingia não perceber que lá íamos para veladamente, verificar se ela estava bem.Ao acordar, imediatamente ligava o rádio e discutia com os comentaristas cada frase dita por eles. Sua casa tinha vários sons e quem não soubesse que morava só, afirmaria que vivia entre quatro pessoas, no mínimo.
Cumpria suas atividades e se gabava delas. Seus vizinhos sabiam quando ela se aproximava, pois o som do seu assobio a anunciava. Jovens e crianças a esperavam nos corredores só para serem agraciados com balas que fazia questão de guardar para, religiosamente ao sair, encher os bolsos e distribuir. Ninguém poderia dizer que minha avó sentia falta de pessoas. Sabia, como ninguém, trazê-las para si, como também distanciá-las o mais que pudesse.
No entanto, como fazia questão de visitas.
Uma delas, então, seu irmão que prometia visitá-la as terças-feiras, nem se fala.
Lembro que com uma semana de antecedência preparava o almoço e congelava tal preparação. Na terça-feira, ao levantar,tirava tudo do freezer e deixava em temperatura ambiente para aquecer na sua chegada. Para sua tristeza, nem sempre seu irmão, cumpria o prometido e seu semblante triste denunciava uma semana de planos e talvez de conversas entabuladas em sua mente, jogadas por água abaixo. Naquele momento, percebíamos que nem todo o mundo ao seu redor preencheria o vazio deixado naquela tarde pelo seu irmão.
Vai entender!
(Adir Vieira - 05/12/10)
Fonte da imagem: quadrideko.blogspot.com

sábado, 4 de dezembro de 2010

MULHER INTELIGENTE É O BICHO!!!!

Um casal sai de férias e vai para um hotel-fazenda. O homem gosta de pescar e a
mulher gosta de ler.
Certa manhã, o marido volta depois de uma noite pescando e resolve tirar uma
soneca.
Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler
no lago. Ela navega um pouco, ancora, e começa a ler seu livro.
Chega um guardião do parque, para ao lado do barco da mulher e fala:
- Bom dia, Madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro - ela responde, e pensando: será que não é óbvio?
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida - ele informa.
- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente, terei que multá-la e
processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual, diz a mulher.
- Mas eu nem sequer a toquei ! - diz o guardião.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.
- Tenha um bom dia, Madame - ele diz e vai embora.
Moral da História: Nunca discuta com uma mulher que lê.
Certamente ela P E N SA.
Fonte da imagem:letsrider.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Caminhando...


E surpreendidos, vamos caminhando pela vida. Mas creio que tudo é normal. Principalmente quando pensamos estar tudo bem é que a vida nos assusta.
Pouco a pouco, mais confiantes agora, vamos voltando a nossa rotina. Entendi que tudo deve seguir seu ritmo normal, não o ritmo acelerado que eu espero.
Estou aprendendo a ter paciência e a entender que por mais que eu queira, as coisas vão seguir como devem. Entendi que não posso tudo, não dependem de mim as vivências alheias e sobretudo aprendi que não posso proteger nem a pessoa que eu mais amo na vida.
A vida segue seu curso e temos que nos conscientizar que o que tiver que acontecer, acontecerá.
Esse é um tempo de mudanças, agora vejo.
É um tempo de preparação para entendermos que ou amadurecemos ou continuamos crianças.
Dependerá de nós enfrentarmos as agruras com sabedoria, pois assim é o amor.
Hoje, me sinto mais feliz. Voltamos às nossas caminhadas diárias, ontem com insegurança. Hoje com mais certeza de que tudo voltará ao normal.
As doenças são assim. Chegam sem que esperemos, apesar de nosso otimismo e alegria pela vida. Passam, deixar marcas doidas, mas nos amadurecem e trazem confiança e esperança.
(Adir Vieira - 03/12/10)
Fonte da imagem:ilhabela.sp.gov.br

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O casamento

Esse, dizem, é o conto mais curto e mais bonito que você leu em toda a sua vida... "Era uma vez um rapaz que perguntou a uma garota se ela queria casar com ele......
A garota disse Não
E assim ela viveu feliz para sempre
sem lavar
sem cozinhar,
sem passar roupas para ninguém,
saindo com suas amigas,
ficando com quem queria,
gastando seu dinheiro consigo
e sem trabalhar para ninguém.
FIm "

O problema é que não nos contam isto quando somos pequenas
Nos enchem com o conto do maldito príncipe encantado!
Para todos aqueles homens que perguntam: para que comprar a vaca se posso ter o leite gratuito, temos que dizer: Hoje em dia 80% das mulheres estão contra o casamento. Por quê? Porque as mulheres se deram conta de que não vale a pena comprar o porco inteiro por causa de uma salsicha.
Fonte da imagem:diariodecasal.com.br

Ciúme


Mauro negava sentir ciúme.
Discursava pela vida afora, tal qual filósofo, abominando esse sentimento que, segundo ele, fazia horrores na vida das pessoas que o tinham. Muito mais do que na vida das pessoas por ele atingidas.
Gostava de falar sobre ciúme, catedrático que parecia ser no assunto.
Suas palavras eram de total negação.
Orgulhava-se de, desde menino, dividir seus inúmeros brinquedos de filho único com os amiguinhos da vila onde morava, com todo desprendimento de quem não guardava, em si, nem as mínimas impressões desse sentimento.
Caminhou pela vida dividindo amigos, chefes, empregos, objetos pessoais e até mesmo bens materiais de valor. Tudo lhe servia de teoria para esse gosto de se mostrar isento de ciúme.
Parecia que sua vida foi de total treinamento para que angariasse troféus e mais troféus merecidos.
No entanto, surgiu Marina. Marina, a escolhida. Sem muitos atrativos, Marina tinha uma beleza camuflada que só Mauro percebia a fundo.
Parecia que Mauro escolhera Marina para que fosse poupado dos olhos desejosos de outros homens sobre ela. Mauro passou a temer suas saídas, rápidas que fossem, controladas nos segundos até a sua volta. Tudo de Marina era importante para Mauro. Captava seus sonhos, seus desejos, suas vontades. Vivia totalmente para ela.
Agora, cumprindo já dez anos de pena, olhava o teto da cela e não entendia como disparara aquele tiro em seu coração, à queima-roupa.
(Adir Vieira - 30/11/10)
Fonte da imagem:mestrearievlis...