Quando o Natal se aproxima os mesmos arroubos de outrora, ao visualizar mentalmente a mesa da Ceia, fazem bater meu coração. Tenho ou não tenho? Quase que sem sentir, corro e pego papel e lápis, meu acervo predileto de livros e recortes com receitas diversas e para várias ocasiões e divago a respeito. Vou anotando tudo e idealizando o que preparar. Pronto o cardápio, enumero os ingredientes e listo o que comprar, sem sequer me preocupar com o número de pessoas que comigo estarão no tal dia e se vou poder ou não comprar o que listei. O meu sonho, o meu desejo abundante de viver a festa é quem me comanda nesse momento. Ato contínuo, vou até o computador, entro no site de compras habitual, preencho minha lista e não me surpreendo com o valor monetário exorbitante do meu sonho. Nisso tudo, verifiquei que vivi umas três horas por conta da contradição ter ou não ter, fazer ou não fazer… E ao final de tudo, atesto que não importa realizar ou não um sonho, mas arquitetá-lo é o que faz com que vivamos verdadeiramente as suas mais sublimes nuances. Êta contradição!
Fonte da imagem: blogmacao.blogs.sapo.pt
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