Somos nós que damos aos lugares o brilho natural ou são os lugares que de acordo com sua performance, mudam nosso estado de espírito?
Eis uma questão que sempre me vem a mente quando passo na porta de uma mercearia próxima a minha casa.
O ponto, por si só, é de destaque, digno daqueles capazes de angariarem só para si, a clientela geral. Localizado na esquina principal, abrange duas ruas populosas. Apesar de ter uma área pequena, todos sabem que lá vão encontrar as miudezas que na hora dos preparos de última hora são imprescindíveis. Ali tudo se mistura, do pão ao sabão em pó, mas parece que as pessoas não se importam muito com o fato. Já na entrada, rente ao único balcão, engradados de refrigerantes de dois litros, quase que impedem a entrada dos clientes, visto que tem que se esgueirarem para atingir o atendente.
Esse, com o sorriso de Monalisa, nunca está a vista e na maioria das vezes, está providenciando a troca de dinheiro na padaria em frente, para consolidar a venda, enquanto o cliente atendido aguarda a sua volta e “toma conta” do negócio. Essa questão, tão repetitiva, demonstra a desorganização do comércio e mostra com firmeza o descomprometimento do balconista com o seu trabalho.
Via de regra, raramente um ou outro cliente, especialmente aqueles que tentam se fazer de amigos, privilegiam-se no “caderno de contas” , também usufruírem do uso do banheiro que, pelo odor, deve justificar a ausência de clientes no local.
Todas as vezes em que por ali passo, observo com detalhe a postura do balconista. Senhor de meia idade, bem apessoado, mas envolvendo em si uma tristeza tamanha daquelas que interferem na nossa energia. Fala baixo, olha o vazio, tem atos mecânicos no embrulhar o produto, abrir a gaveta de dinheiro para dar o troco, etc...
As prateleiras sugerem uma arrumação imediata, embora nunca tenha visto baratas ou moscas, apesar da sujeira, mas ele, o balconista, parece sempre estar brincando de estátua junto a parede, quando presente no local.
Pergunto-me se ele é o dono ou mesmo o que mantém aquele comércio funcionando há tantos anos e pelo visto, sem prejuízos? Não encontro explicação, mas minha mente vaga e com a eterna mania de quem no trabalho selecionava a pessoa certa para cada atividade, imagino o “Lino sorriso” comandando aquela mercearia...
Eis uma questão que sempre me vem a mente quando passo na porta de uma mercearia próxima a minha casa.
O ponto, por si só, é de destaque, digno daqueles capazes de angariarem só para si, a clientela geral. Localizado na esquina principal, abrange duas ruas populosas. Apesar de ter uma área pequena, todos sabem que lá vão encontrar as miudezas que na hora dos preparos de última hora são imprescindíveis. Ali tudo se mistura, do pão ao sabão em pó, mas parece que as pessoas não se importam muito com o fato. Já na entrada, rente ao único balcão, engradados de refrigerantes de dois litros, quase que impedem a entrada dos clientes, visto que tem que se esgueirarem para atingir o atendente.
Esse, com o sorriso de Monalisa, nunca está a vista e na maioria das vezes, está providenciando a troca de dinheiro na padaria em frente, para consolidar a venda, enquanto o cliente atendido aguarda a sua volta e “toma conta” do negócio. Essa questão, tão repetitiva, demonstra a desorganização do comércio e mostra com firmeza o descomprometimento do balconista com o seu trabalho.
Via de regra, raramente um ou outro cliente, especialmente aqueles que tentam se fazer de amigos, privilegiam-se no “caderno de contas” , também usufruírem do uso do banheiro que, pelo odor, deve justificar a ausência de clientes no local.
Todas as vezes em que por ali passo, observo com detalhe a postura do balconista. Senhor de meia idade, bem apessoado, mas envolvendo em si uma tristeza tamanha daquelas que interferem na nossa energia. Fala baixo, olha o vazio, tem atos mecânicos no embrulhar o produto, abrir a gaveta de dinheiro para dar o troco, etc...
As prateleiras sugerem uma arrumação imediata, embora nunca tenha visto baratas ou moscas, apesar da sujeira, mas ele, o balconista, parece sempre estar brincando de estátua junto a parede, quando presente no local.
Pergunto-me se ele é o dono ou mesmo o que mantém aquele comércio funcionando há tantos anos e pelo visto, sem prejuízos? Não encontro explicação, mas minha mente vaga e com a eterna mania de quem no trabalho selecionava a pessoa certa para cada atividade, imagino o “Lino sorriso” comandando aquela mercearia...
Fonte da imagem: achismo.wordpress.com
Isso é normal em comércios familiares de muitos anos. Mas não tentes julgar por um momento apenas. Tenta entrar mais vezes, busca conhecer melhor as pessoas que estão ali dentro, conhecê-las. São pessoas como você! Naturais, como qualquer comercio em familia, de pequena cidade:)
ResponderExcluirgosto
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