Misturo-me às pessoas, na ânsia de descobrir o porquê do tumulto.
Vejo-me adentrando porteiras desconhecidas, sem temer.
Sinto-me forte e capaz, por ir em frente.
Vozes irreconhecíveis gritam ao mesmo tempo em que outras vozes choram e pedem socorro.
Nada me detém na compulsão da descoberta.
Meu medo habitual, como que tomado de uma força superior, transforma-se na coragem maior e me surpreende.
Vejo-me ali, entre sangue e desespero, e tenho a plena consciência de que não sou eu.
Como outras mãos caridosas, trabalho e ajudo outras pessoas a se desvencilharem de outros corpos e destroços para assim ganhar de novo a própria vida.
Sinto-me, em meio a tanta desgraça, como um animal abatido pelo caçador, no exato momento de sua morte.
Sinto-me nada, enquanto ali, nesse lapso de tempo, sou tudo.
Fonte da imagem: palavrasadiadas.blogs.sapo.pt
(suspiros) Intenso esse texto, amei. Estou encantada com asua produção literária... parabéns!
ResponderExcluirAgora vou fazer uma visitinha ao Sr. Jorge, será que tem um chocolate quente por lá, está um frio por aqui...rs
beijinho querida.
(tem receitinhas de sopas deliciosas lá na Molly)
Obrigada querida Silvia,
ResponderExcluirVocê é bastante sensível e eu, lógico, estou amando seus comentários e suas visitas.
Beijos,
Adir