Vejo-me presa às suas vontades, obediente ao seu mando, pronta a realizar seus mínimos desejos, indagando aqui e ali, tentando descobrir antes dele mesmo o que o fará feliz. Se meu desejo é mais forte, mas a ele atemoriza, estou pronta a contemporizar, para que nada o desagrade. Vivo em busca da sua satisfação, de adivinhar suas emoções positivas, de fabricá-las mesmo, em outros momentos, nem que seja para vê-lo um segundo em paz. Hoje sou seu domínio, robotizada e atenta ao seu comando. Tento em remotas vezes voltar ao que eu era, mas não consigo me reconhecer além dele, além do que me permite ou autoriza que eu faça. E o estranho de tudo isso é que nada, absolutamente nada, me faz mais completa do que viver para ser seu domínio.
Fonte da imagem:www.overmundo.com.br
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