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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lembranças de Olavo Bilac


Revendo minhas caixinhas de guardados antigos, deparei-me com um caderno de minha infância, onde destaquei esse poema de Olavo Bilac, para dividir com vocês:
A PORTA

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa…)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
Fonte da imagem: enosilenciodanoite.blogs...

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