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domingo, 21 de março de 2010

Que coisa, meu Deus !


Somos irmãos.
Não somos dados a atos explícitos de carinho, mas somos como um feixe de qualquer coisa, unidos, perfeitamente unidos, em cada fio.
Desde sempre, não nos permitimos a felicidade completa, se todos, absolutamente todos, não estiverem felizes. Não nos permitimos apreciar com sofreguidão uma boa mesa, sem pensar em cada um, com seus gostos peculiares, desfrutando-a também. Não nos permitimos viagens, passeios,festas, mas até o fazemos, com aquela “peninha” de que os outros ali não estão. A felicidade repleta, única, verdadeira, só nossa, não lembro nunca de vivê-la sem mentalmente desejar a presença dos demais. Para não dizer que sempre foi assim, lembro-me de que somente por ocasião do casamento, momento que por força das circunstâncias é único por natureza, desfrutei a felicidade sem limites.
Não consigo entender porque essa união abençoada, às vezes, “maldita”, faz com que sejamos responsáveis uns pela total felicidade dos outros.
É um eterno desassossego esse viver sem expectativas, ou melhor, na expectativa de que se o problema de um dos oito terminar, logo, logo, virá o do outro, para merecer nossa atenção.
Cultos e estudados, não conseguimos até hoje, nos desvencilhar desse redemoinho que nos faz em determinados momentos, querer jogar tudo pro’ alto e entregar cada um à própria sorte. Se o “problema” é doença então, aí é que nos sentimos os mais miseráveis dos seres. Mesmo os mais inteligentes e espiritualizados revestem-se de uma “casca negra”, sem encontrar razão para ser feliz. Se o “problema” termina, nos regozijamos e estamos prontos para viver, viver, viver...
O que fazer para mudar esse quadro, sobretudo num momento que nos faz visualizar cada vez mais, situações comuns e preocupantes devido a idade, etc... e tal ?

Fonte da imagem: franci-ellen.blogspot.com

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