Negro, com os olhos em brasa,
Bom, fiel e brincalhão,
Era a alegria da casa
O corajoso Plutão.
Fortíssimo, ágil no salto,
Era o terror dos caminhos,
E duas vezes mais alto
Do que o seu dono Carlinhos.
Jamais à casa chegara
Nem a sombra de um ladrão;
Pois fazia medo a cara
Do destemido Plutão.
Dormia durante o dia,
Mas, quando a noite chegava,
Junto à porta se estendia,
Montando guarda ficava.
Porém Carlinhos, rolando
Com ele às tontas no chão,
Nunca saía chorando
Mordido pelo Plutão . . .
Plutão velava-lhe o sono,
Seguia-o quando acordado:
O seu pequenino dono
Era todo o seu cuidado.
Um dia caíu doente
Carlinhos . . . Junto ao colchão
Vivia constantemente
Triste e abatido, o Plutão.
Vieram muitos doutores,
Em vão. Toda a casa aflita,
Era uma casa de dores,
Era uma casa maldita.
Morreu Carlinhos . . . A um canto,
Gania e ladrava o cão;
E tinha os olhos em pranto,
Como um homem, o Plutão.
Depois, seguiu o menino,
Seguiu-o calado e sério;
Quis ter o mesmo destino:
Não saíu do cemitério.
Foram um dia à procura
Dele. E, esticado no chão,
Junto de uma sepultura,
Acharam morto o Plutão.
Fonte da imagem:laurabmartins02.blogs.sapo.pt
Bom, fiel e brincalhão,
Era a alegria da casa
O corajoso Plutão.
Fortíssimo, ágil no salto,
Era o terror dos caminhos,
E duas vezes mais alto
Do que o seu dono Carlinhos.
Jamais à casa chegara
Nem a sombra de um ladrão;
Pois fazia medo a cara
Do destemido Plutão.
Dormia durante o dia,
Mas, quando a noite chegava,
Junto à porta se estendia,
Montando guarda ficava.
Porém Carlinhos, rolando
Com ele às tontas no chão,
Nunca saía chorando
Mordido pelo Plutão . . .
Plutão velava-lhe o sono,
Seguia-o quando acordado:
O seu pequenino dono
Era todo o seu cuidado.
Um dia caíu doente
Carlinhos . . . Junto ao colchão
Vivia constantemente
Triste e abatido, o Plutão.
Vieram muitos doutores,
Em vão. Toda a casa aflita,
Era uma casa de dores,
Era uma casa maldita.
Morreu Carlinhos . . . A um canto,
Gania e ladrava o cão;
E tinha os olhos em pranto,
Como um homem, o Plutão.
Depois, seguiu o menino,
Seguiu-o calado e sério;
Quis ter o mesmo destino:
Não saíu do cemitério.
Foram um dia à procura
Dele. E, esticado no chão,
Junto de uma sepultura,
Acharam morto o Plutão.
Fonte da imagem:laurabmartins02.blogs.sapo.pt
Bonita história esta do plutão.
ResponderExcluirOs animais são nossos amigos. Conhecendo-os como eles no conhecem cria-se uma empatia que nos acompanha noite e dia.
esse poema fez parte de minha infancia,minha mãe lia para eu e meus irmãos. Fazia parte de uma coleção de livros da Lingua Portuguesa, me lembro que tinham capa verde , daqueles bem antigos.... grandes autores e poetas da lingua portuguesa, passávamos a noite toda ouvindo a historias , contos, poemas e poesias...bons tempos aqueles , hehe
ResponderExcluirÉ verdade. Eu tinha 11 anos e estava na 5 série em 1975.
ExcluirOlá estou a procura desse livro. Fez parte da minha infância também. Tinha uma gravura de um menino acamado e o Plutão ao lado. Mas não consigo me recordar ao certo da capa. Se vc se lembrar e puder me enviar a foto da capa ficarei imensamente agradecida. pricilinhalmd@gmail.com
ExcluirEsta poesia, também faz parte da minha infância no terceiro ano escolar, aprendi é reclamei...tenho saudades da literatura daquele tempo...
ExcluirDeclamei Plutão na minha "formatura" do 3º ano primário, na Escola Rural Francisco Sales (Araguari-MG). Nunca mais esqueci. É uma maravilha.
ResponderExcluirLembrei-me que meu pai declamava esta poesia, era muito lindo ouvi-lo.
ResponderExcluirBusquei em minha lembrança, e quero decorá-la como ele, pessoa que eu amava, e que me faz muita falta.
esta poesia nunca irá sair da minha mente pois conta uma história de fidelidade muito bonita essa história merecia com certeza fazer parte de um livro.Olavo Bilac é um gênio
ResponderExcluirÉ PENA QUE HOJE NÃO ESCUTAMOS MAIS ESTE TIPO DE POESIA TÃO LINDAS.LEMBRO QUE MINHA TIA LIA MUITO ESTA POESIA PARA NOS E FICAVAMOS CALADINHO ESCUTANDO ATENCIOSAMENTE.MUITO LINDA
ResponderExcluirEsse poema é de grande comoção
ResponderExcluirQuando tinha 7 anos o declamei com emoção
Estava no meu livro de portugues da sexta serie! Que.saudades!
ResponderExcluirSe não me engano, foi no ano de 1975. Eu gostaria muito de encontrar este livro...!
ExcluirMe emocionei agora.Me lembro desta poesia desde meus 6 a 8 anos,me marcou mesmo.Sempre tive na memória vários versos dela.me lembro com saudade do meu cachorro,o moleque,que dormia na porta do meu quarto.
ResponderExcluirMuito lindo mesmo... Alguém sabe Como se chamava o livro que tinha essa poesia do Plutão? Onde posso encontrá-lo? Obg
ResponderExcluirDeclamei
ResponderExcluirEu gosto demais de cachorro! Quando leio esta linda poesia min emociono, não consigo min conter!
ResponderExcluirOlá minhas amigas anônimas ou amigos, está poesia saiu para eu falar em 1955 no exame escolar para receber o diploma com dona Maria Leite Ribeiro professora e examinadora dona Perpétua e dona Clarice. Essa me trás toda lembrança da minha infância nas escolas de Borba Gato. Sou feliz em possui lembranças como está. Quem quiser falar comigo 33 999600640, com quase 100 anos ainda comunico e posso fazer algum verso, alô Borba Gato Ferros MG aque abraço
ResponderExcluirEu lí esse poema a uns vinte anos e nunca mais tinha visto e do nada me veio a memória e resolvi pesquisar sobre o cachorro Plutão (pois era tudo que eu lembrava).
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